Super Campo traz novidades e tendências em produtos e manejo

Nos dias 24 e 25 de janeiro a Estação Experimental da ISLA Sementes, em Itapuã-RS, recebeu mais de 100 visitantes, entre horticultores, estudantes, universidades e profissionais do campo. Na ocasião aconteceu o Super Campo de Verão, evento que teve como objetivo demonstrar as novidades em manejo e em hortaliças, garantindo ao produtor brasileiro a diversificação e a qualidade nas lavouras.

Tatiane Duarte, professora e pesquisadora de sistemas de cultivo e tecnologias agrícolas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), visitou o Super Campo da ISLA no inverno, e salientou que reviver essa experiência na estação mais quente do ano traz novas dinâmicas, traduzindo como é a realidade do campo. “Destacaria do evento os problemas ocorridos nas safras com o excesso de calor e as pragas, além das explicações sobre algumas alternativas. O povo que estava aqui conversou e trocou ideias sobre. E o campo é sempre lindo, as cultivares sempre uma mais linda que a outra. Visualmente é sempre muito interessante, além do conhecimento técnico que a gente sempre agrega quando vem aqui”, expõe.

Super Campo aborda a traça do tomateiro e apresenta soluções biológicas no combate da praga

Neste ano, o evento contou com o apoio de parceiros que indicaram técnicas de manejo e soluções para a lavoura. Entre eles, a Camila Correia Vargas e o Matheus Gomes, da empresa de controle biológico BioIn, e o Eng. agrônomo Nelson Weber, que ministraram roda de conversa sobre a traça do tomateiro, que afetou a área de estufa da Estação, comprometendo a lavoura de tomates. Na ocasião, eles compartilharam informações sobre o comportamento do inseto, seu ciclo, e contaram como é possível solucionar o problema com armadilhas de monitoramento e controle biológico.


Danos causados em cultivo de tomates devido à traça do tomateiro, uma das principais pragas da cultura, que é capaz de comprometer produções inteiras


Camila e Nelson apresentam a traça do tomateiro e explicam como funciona o ciclo do inseto, informando sobre soluções com o monitoramento e controle biológico

“É importante saber o momento certo em que a traça está entrando na estufa, ou no cultivo, para se ter certeza do tipo de aplicação que será feita.A questão de monitoramento é essencial quando se pensa em trabalhar para combater a tuta. As vezes a gente deixa passar um pouco o monitoramento, porque acha que vai chegar, que ao dar uma olhada nas plantas vai ver a presença das tutas. Mas a grande questão é monitorar constantemente e saber o momento em que a traça (tuta) entra na estufa”, informa Camila.


Armadilhas de monitoramento são essenciais para que o produtor saiba quando começar o controle. Na imagem vocês conferem a traça do tomateiro capturada na armadilha


Na imagem vocês conferem o Trichogramma, uma mini vespa utilizada para parasitar os ovos da traça do tomateiro, impedindo a perpetuação do ciclo da traça

Nelson está realizando um experimento de doutorado com a traça, propondo novas soluções que podem auxiliar os produtores rurais. “A ideia do meu projeto é usar um fitormônio para  induzir a defesa da própria planta contra o ataque de tuta, usando também, na defesa indireta, o tricograma preciosa, que é um parasitoide de ovos. Isso para ver se aumenta esse reconhecimento do parasitoide aos ovos da tuta”, explica. O eng. agrônomo relembra da importância de alternativas não químicas, especialmente tendo em vista que a traça tem altos níveis de resistência a vários grupos químicos. E uma das possibilidades de maior sucesso no combate à traça é o uso do Trichogramma, uma mini vespa que parasita os ovos da traça, impedindo que estes se transformem nas lagartas (causadoras dos danos na lavoura). Para demonstração, foram exibidas as mini vespas chamadas Trichogrammas, além de indicadas instruções de uso e dicas de manejo integrado contra a praga, aliado ao monitoramento e controle constantes.

Para saber mais sobre a traça do tomateiro e como controlar sua presença, clique aqui! 

Produtos Super Sabor trazem características únicas e diferencial no mercado

Neste ano a ISLA preparou o Super Campo em diferentes estações, que contavam com equipes apresentando as características dos materiais e a melhor forma de produzir cada um deles conforme as condições climáticas, de solo e as regiões brasileiras. Informações sobre mercado e tendências da horticultura também foram compartilhadas, além de dicas de novas formas de comercializar os materiais. E além de conferir a performance dos materiais em campo e as suas características mais marcantes, os participantes puderam experimentar os sabores do campo.

O Super Campo contou campo de folhosas, temperos, quiabos, pimentões, pimentas, berinjelas, melancias, melões e pepinos, além de um sistema coberto de hidroponia e apresentação de microverdes.

Albertina Radtke Wirth, eng. agrônoma e mestranda em fitotecnia, desenvolveu e avaliou experimentos com microverdes durante dois anos, e durante o evento ela compartilhou os seus conhecimentos. “A questão é mais de conscientizar o produtor quanto a essa nova possibilidade”, alegou. Albertina também mencionou que essa nova forma de produção e consumo tem impactos na saúde, podendo estimular hábitos mais saudáveis por chamar muita atenção pelas cores e tamanho diminuto, fatores que encantam crianças.  Ela também explicou as vantagens, desafios e oportunidades do mercado de microverdes, apresentando os materiais que foram produzidos na ISLA a bordando ainda o substrato, valor nutricional e sistema de produção.

Conheça a produção de microverdes da Estação Experimental de Itapuã:

Pré-lançamentos, como a Abóbora Macarrão Vegano (que com um sabor único proporciona a experiência de ao ser raspara assumir a forma de espaguete) fizeram sucesso. De coloração muito atrativa e textura diferenciada, este material de polpa que “desfia” representa novas possibilidades de alimentação para os brasileiros, gerando um estímulo ao consumo de alimentos mais saudáveis e naturais. Ela pode ser cortada ao meio e ter a casca utilizada como prato, basta apenas adicionar um molho da preferência que o consumidor terá uma refeição diferenciada e natural. “É mágico, é só pegar um garfo após ela ser aquecida e o espaguete está pronto, ou fios de ovos, se quiserem”, brinca o Gerente de Desenvolvimento de Produto da ISLA Sementes, Claudio Nunes.


Ao lado da Mini Jack, outra abobora diferenciada da ISLA.

Conheça as abóboras exóticas da ISLA:

Além da Macarrão Vegano, materiais que ainda estão em teste foram demonstrados, como o pepino snack, ideal para lanches, a melancia amarela e o Pepino Nagato.

O Super campo contará com nova edição em maio! Fique ligado nas redes sociais da ISLA para se inscrever!

Fonte: https://www.revistahidroponia.com.br