De acordo com dados da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, a capital paulista tem 2,6 m² de áreas verdes para cada habitante do município, ou seja, quatro vezes menos do que o índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – 12 m² por habitante.
É muito pouco, se compararmos cidades como Vancouver, no Canadá, que conta com 25,9% de áreas verdes e Cingapura, com 29,3%.
Em entrevista ao programa Momento Cidade da Rádio USP, o professor Ricardo Ribeiro Rodrigues, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, afirmou que a maior presença de árvores na cidade contribui não apenas na regulação térmica, mas “também por fazer um papel importantíssimo na questão ecológica, porque essas árvores formam uma pequena matriz e mesmo isoladas elas têm um papel importante para a conservação da fauna e da flora”.
Por que as árvores são importantes para as cidades?
As árvores contribuem para uma melhor qualidade de vida nas áreas urbanas, por vários motivos. Elas ajudam na redução da poluição do ar, fazem sombreamento nos dias de calor, favorecem a redução do ruído e atuam no bem-estar psicológico e físico das pessoas.
Além disso, a presença de árvores ajuda também a refrescar o clima, uma vez que elas funcionam como “ares-condicionados naturais”. Isso sem falar que previnem enchentes – uma vez que elevam a permeabilidade do solo retendo a água da chuva e contribuindo para evitar deslizamentos de terra, erosão e enchentes.
E como plantar uma árvore na cidade?
Para plantar árvores em cidades é bastante simples. Mas antes de sair plantando as mudas, é importante seguir algumas orientações para não fazer nada de errado.
De acordo com a ONG SOS Mata Atlântica, o primeiro passo é escolher uma muda de uma planta típica de sua região. Se você não sabe quais são essas espécies, procure os órgãos de meio ambiente de sua cidade, que eles saberão orientar com essa informação.
Outra dica é procurar conhecer as características da árvore escolhida, para que não ocorram danos à planta nem ao equipamento público (fiação elétrica, rompimento da calçada por raízes, entre outros). Basicamente, as espécies devem permitir a incidência de sol, compartilhar o espaço com as redes de iluminação, manter distância adequada das casas e serem de espécies de pequeno porte, com raízes superficiais.
Após a escolha, mãos à obra!
Feita a escolha da muda, é hora de preparar a terra para o plantio. Para isso, revolva o solo o mais profundo possível. Quanto mais fofa a terra, melhor será o estabelecimento e crescimento das raízes da muda plantada.
Faça uma cova proporcional ao “torrão”, de forma que as raízes fiquem completamente dentro da terra. Caso plante mais de uma árvore, respeite o espaçamento entre elas. O ideal é manter uma média de 2,5 metros de distância entre as mudas.
Para quem mora em São Paulo é possível obter um manual de arborização urbana da cidade, clicando aqui.