No segmento de folhosas a produção e consumo de alfaces são as mais expressivas, estando presente em todas regiões do Brasil. No entanto, o tipo crespa ainda é predominante no mercado consumidor, dividindo espaço com outros segmentos como americana (também bem expressiva devido uso nas redes de fast foods), lisa, mimosa, romana e frisées.
Nesta matéria apresentamos os principais diferenciais e possibilidades de cultivo no segmento de alfaces frisées. Acompanhe:
Principais diferenciais das frisées
As frisées, com sua característica de folhas mais firmes, repicadas e crocantes, acabam tornando-se interessante para essa diversificação dentro deste mercado tão expressivo. Devido suas características atrativas, chama atenção para mercado que busca variedades de cores, texturas e sabores, além daqueles consumidores que buscam maior praticidade através da compra desta hortaliça em tamanho reduzido, higienizadas e embaladas, prontas para consumo.
Manejo ao longo do cultivo
As frisées são alfaces com boa adaptação ao cultivo no ano todo, podendo ser recomendada para cultivo em campo aberto e também em estufas hidropônicas. É importante realizar os manejos de modo a atender as necessidades nutricionais durante o ciclo do cultivo, seja ele em campo aberto ou hidroponia, mantendo um bom equilíbrio nutricional, que vai proporcionar, consequentemente, uma maior sanidade e qualidade de plantas. A demanda de Cálcio é uma das principais a serem atendidas, pela formação das células e tecidos, formando folhas mais rígidas e íntegras. Em dias mais quentes, a carência de cálcio é percebida mais facilmente, com queima de borda, por exemplo.
Também é fundamental fazer o monitoramento correto e adequado de pragas e doenças, realizando o controle conforme necessário, caso a caso. Tripes, ácaros, mosca branca são as principais neste cultivo. e outras que podem migrar de uma área para outra. Leia mais sobre esse assunto clicando aqui.
Ponto de colheita
O ponto de colheita vai variar de acordo com a finalidade, podendo ser colhidas com maior ou menor porte. Este manejo de tamanho também pode ser feito através de uso de diferentes densidades de plantas, o que promove ainda, em maiores adensamentos, uma maior produção de plantas em um mesmo espaço. Vale pontuar que as frisées são alfaces com porte menor, comparadas às crespas, por exemplo. O valor agregado desse produto está na apresentação, que a torna mais especial, e não no tamanho.
Qualidade além da lavoura
Geralmente, as folhosas, por serem uma hortaliça mais perecível, são cultivadas próximas do seu mercado consumidor, para que não tenha que ser transportada a longas distâncias, que possam vir a prejudicar a qualidade do produto que chega ao consumidor final. Os mercados para esta e outras variedades concentram-se, portanto, nos cinturões verdes e regiões metropolitanas.
Entretanto, com avanço da cadeia de transportes, formas de processamento, embalamento e condicionamento das hortaliças, tem-se alcançado maiores distâncias com produtos de qualidade.
Conheça os materiais de alto desempenho:
A busca por cultivares mais adaptadas, com maior potencial produtivo e que agreguem mais valor, tanto para o produtor quanto ao consumidor final. Recomendamos as frisées Atalaia (segmento de frisée roxa) e Itaúna (segmento frisée verde).
Alface Atalaia e Alface Itaúna
Ambas são de cultivo o ano todo e apresentam as seguintes características:
– De médio porte com folhas espessas e frisadas;
– Variedades que se destacam pela crocância, com talos adocicados;
– Resistentes ao Míldio e de prático desfolhamento;
– Alto potencial de mercado por serem visualmente atrativas na gastronomia contemporânea;
– Indicadas para cultivo hidropônico, orgânico e de folhas jovens;
– Disponíveis peletizadas.
Conheça mais neste vídeo:
Clique aqui para conhecer um pouco mais do desempenho destas variedades no sistema orgânico de produção.
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