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A hidroponia é uma técnica de cultivo sem solo. Porém,
existem variantes quanto às técnicas e tecnologias aplicadas. O que queremos
dizer é que não existe somente um sistema hidropônico.

Dentre os mais conhecidos no Brasil temos o NFT (fluxo
laminar de nutrientes), pois foi o que se estabeleceu dentre os produtores
desde da década de 80. Por outro lado, existe uma busca crescente pelo
aprimoramento e adaptabilidade de outros sistemas, dentre os quais podemos
citar a hidroponia em substrato (principalmente para hortaliças frutíferas), a
aquaponia (associada à piscicultura), o floating (piscinão) e a hidroponia
vertical.

Em específico, a hidroponia vertical (tema desse artigo) não
é um sistema recente. Muitos países fazem hidroponia vertical, tais como o Peru,
com diversos projetos comerciais e sociais.

Por outro lado, a hidroponia vertical é um dos sistemas com
maior aproveitamento de espaço, atendendo assim a premissa da produção urbana
de hortaliças ou das fazendas verticais, cujo aumento em produtividade pode
chegar a quintuplicar, pois a avaliação desta produtividade é em metros cúbicos
e não em metros quadrados. Para esta técnica denominamos arquitetura de
cultivo.

Em função desta vantagem e da necessidade de otimização de
espaço, o sistema torna-se interessante para uso em supermercados. A
implantação desta técnica pode potencializar a venda ao consumidor em cerca de
30 a 40%, pelo fato da demonstração de como é produzida a hortaliça em
hidroponia.

Entre as culturas que melhor se adaptam à hidroponia vertical
estão todas as folhosas, tais como: alface, coentro, rúcula, salsa, cebolinha e
diversos temperos, como manjericão, sálvia, hortelã e tomilho.

Existem algumas restrições desse modelo quando se pensa em
hortaliças de frutos, como tomate, pimentão, berinjela. Essas limitações estão
ligadas principalmente ao hábito de crescimento da planta, já que ao longo do
ciclo a planta precisa de mais espaço que as hortaliças folhosas. Para plantas
maiores, se faz necessário também um sistema de tutoramento e condução, e isso
ainda é um fator limitante nesse sistema.

Já existem vários projetos com morangueiro, que é uma planta
de pequeno porte e fácil condução.

Produtividade

Na hidroponia convencional estima-se a produtividade de 0,35
a 0,40 plantas m2/dia de alface, por exemplo: a cada 1.000 m2
produz-se de 350 a 400 plantas por dia. Na hidroponia vertical seria cinco
vezes mais.

Importante notar que o aumento da população não traduz de
forma proporcional ao aumento da produtividade. Isso se deve ao fato de que o
crescimento em hidroponia pode ser um pouco reduzido, quando comparamos com o
sistema em bancadas. Contudo, para o produtor, isso representa até 65% a mais
de lucro em uma mesma área, quando considerarmos os custos fixos e variáveis.

Benefícios da hidroponia vertical

Os principais benefícios da hidroponia vertical são os
mesmos que a hidroponia convencional oferece:

• Alimentos seguros e com ótima qualidade, com a
possiblidade de oferecer alimentos frescos e sadios;

• Produção constante, com pouca influência negativa de
fatores climáticos, garantindo assim oferta constante, mesmo quando as
condições climáticas não forem favoráveis para determinada hortaliça;

• Viabilidade técnica e financeira em praticamente qualquer
região, pois o investimento, apesar de ser relativamente mais alto que o
sistema em solo, permite maior rentabilidade;

• Otimização do uso da água e dos nutrientes, haja vista que
o sistema, na maioria dos casos, é com recirculação;

• Baixíssimo risco de poluição do solo e dos cursos d’água,
uma vez que não são lançados nutrientes no ambiente;

• Menor ou nenhum uso de defensivos, já que o cultivo é
feito geralmente em ambiente protegido.

Além desses benefícios, podemos destacar também o
aproveitamento ainda maior do espaço. Enquanto a média de lotação na hidroponia
convencional é de 16 plantas por m² no caso de alface, na hidroponia vertical
essa lotação pode chegar a 50 plantas por m² de área de estufa.

Esse aumento significativo, mesmo em relação à hidroponia em
bancadas, permite a instalação de pequenas hortas hidropônicas em sacadas de
apartamentos, varandas e edículas, entre outros espaços que seriam considerados
inviáveis para a instalação de um projeto convencional.       

Hoje alguns supermercados têm instalado pequenas composições
de hortas verticais em suas áreas de hortifruti, afim de oferecer produtos
frescos, colhidos na hora pelo próprio cliente. Esse modelo, além de oferecer
ótimas verduras, permite ao cliente conhecer o sistema de produção e comprovar
a qualidade não só do produto, mas também do próprio sistema.

Desafios

O grande obstáculo dos sistemas verticais é a radiação
solar, podendo necessitar de complementação ou de total de radiação
fotossintetizante artificial, bem como de plásticos, que aumentam a radiação
solar periférica.

Para melhor entender estes sistemas, necessitamos de uma
breve compreensão da radiação solar utilizada para fotossíntese, chamada de
radiação ativa fotossintetizante (PAR). As plantas possuem dois tipos de
clorofila, a clorofila A e B. A função das clorofilas é absorver fótons
(partículas que compõem a luz) e transformá-los em energia.

As plantas não absorvem toda a luz existente, somente uma
parte dela, e basicamente utilizam a luz azul, vermelha e amarela, enquanto o
restante é refletido.

Para que a fotossíntese ocorra em sua plenitude, é
necessário que a radiação PAR ocorra com intensidade mínima em um determinado
período diário. Por esse motivo, deve-se fazer um estudo da intensidade de
radiação PAR e dos custos adicionais necessários, bem como dos ganhos
financeiros, para avaliar a sua viabilidade.

Mercado interno x externo

Por ser um sistema pouco utilizado no Brasil, em termos de marketing
na ponta final de consumo, é extremamente promissor, podendo alavancar
significativamente as vendas de hortaliças no mercado.

Supermercados estão investindo nesse sistema para oferecer
aos clientes a opção de colher o produto fresco, dando a sensação de estar colhendo
o produto na fazenda. Além de poder ter acesso a um produto fresco e de ótima
qualidade, o consumidor pode também saber como o produto que está levando à sua
mesa é produzido.

Essa estratégia de mercado tem contribuído para mudar a
rotina de consumo de hortaliças e temperos. O consumidor – que está mais
exigente a cada dia – tem em suas mãos um produto diferenciado, produzido de
acordo com princípios da segurança alimentar, e ecologicamente mais
sustentável.

Para o supermercado, tem-se notado um aumento na venda não
só das verduras expostas na horta vertical, mas também em todo setor de
hortifruti. Isso se deve ao apelo a um hábito mais saudável que chega através
da horta, e que leva o consumidor a buscar outros produtos nas gôndolas de
hortifruti.

Lembrando que este sistema, na Europa, é chamado de ”
Distância Zero”, quando os alimentos, principalmente hortaliças, são
produzidos muito próximos da zona de comercialização.

Investimento inicial

O investimento está entre R$ 200 a R$ 250,00/m2. No
caso da alface é variável, mas podemos colocar em torno de R$ 0,75 a R$ 1,00
por kg produzido (quatro pés), sendo a mão de obra estimada em 45% do custo. O
retorno começa por volta de 2,5 anos.


Fique atento

Um dos erros mais frequentes é a não observação das
necessidades das plantas, tais como a necessidade de luminosidade e
temperaturas adequadas. O interior do mercado não é um ambiente propício ao
crescimento das plantas, assim, a complementação de “luz” a partir do uso de
lâmpadas específicas é um fator determinante para o sucesso do empreendimento.

Um longo estudo e a consulta a especialistas na área é uma
recomendação importante, por se tratar de técnicas específicas de cultivo de
hortaliças.


Salada VivaSabor e
qualidade em forma de alimento

A Salada Viva é o que mais se aproxima de consumir um
alimento verdadeiramente fresco, de forma prática e sem desperdício. Trata-se
de um vaso de plantas em crescimento, para que o consumidor tenha à mão folhas
saudáveis, com sabor e frescor preservados sempre que for preparar sua salada.

Por não haver nenhum processamento, como as saladas
convencionais, todas as vitaminas e sais minerais são mantidos intactos, ambos
muito importantes para a saúde.

Tudo é produzido na Fazenda Santa Clara, em Itobi, no
interior de São Paulo, de propriedade de Paulo Alvero Jr. que faz questão de
acompanhar tudo de perto. A estufa de produção tem 2.500 m2, com
produtividade de 15 vasos/m2 de alface lisa, alface mimosa (roxa e verde),
alface americana, rúcula, coentro, agrião d´agua, salsinha, manjericão,
hortelã, além de um mix de temperos (sálvia, orégano e tomilho).

Ele conta que era produtor de mudas de hortaliças, e pelo declínio
da área plantada da região de Rio Pardo (SP), procurou alternativas para vender
suas mudas, e uma delas foi em agropecuárias da região, pois ele acreditava na
ideia de pessoas produzirem suas próprias hortaliças, em áreas pequenas, no
fundo dos quintais do interior.

“Esse mercado cresceu bastante, porém, com o tempo fomos
testando alternativas, e então surgiu a ideia da Salada Viva, ou seja, uma
pequena horta pronta, em que as pessoas pudessem consumir as hortaliças na
hora, colher apenas o que quisessem e sempre excepcionalmente frescas”, relata.

Benefícios

Quando Paulo iniciou os estudos de viabilidade do sistema,
elegeu 10 famílias da cidade de São José do Rio Pardo, que contavam com
solteiros, famílias com um filho ou dois, idosos, etc. “Entregamos durante um
mês, semanalmente, vasos variados, e fizemos um questionário com benefícios e
pedimos notas de quais eram os melhores. Por ser um cultivo muito rápido, com
plantas bem jovens, achávamos que o sabor seria o principal quesito, mas para
nossa surpresa, eleito em 100% das casas, o item principal foi o “não desperdício”,
ou seja, as famílias pequenas e médias perdiam hortaliças de folhas por não
terem tempo hábil de consumi-las, apodrecendo antes. Nosso produto, por estar ‘vivo’,
não estragava, e era consumido por inteiro”, lembra o empresário.

Outros itens importantes para os clientes da Salada Viva são
sabor, sais minerais e vitaminas totalmente preservados e também a
possibilidade de cuidar de uma horta, colher suas hortaliças, irrigar, ou seja,
uma ótima higiene mental.

Obstáculos

No caso da Salada Viva, Paulo entrega que enfrentou variados
problemas, como transporte inadequado, incluindo caixas especiais onde os vasos
são colocados, treinamento dos responsáveis nas lojas para mantê-las irrigadas
enquanto estão no ponto de venda, confecção de expositores próprios, que além
de promoverem boa exposição, ainda ajudam a manter as folhas viçosas por mais
tempo, etc.

Também é preciso atenção ao timing e temperatura do
embalamento de cada variedade, controle de adubação, etc.

Do plantio à colheita

O manejo da Salada Viva é semi-hidropônico. São usados
substratos inertes, sem adição de estercos ou terra para que não haja nenhum
perigo de contaminação nas casas. São feitos lotes semanais e três entregas por
semana, totalizando 40 redes de supermercados atendidas em todo o Brasil.

Para Paulo, a ideia deu certo entender os anseios dos
consumidores: “No nosso caso, trabalhamos com a diminuição do desperdício,
focados no consumo de pessoas que moram em apartamentos e que fazem poucas
refeições em casa, o sabor de hortaliças baby leafs, e todo o valor que é
colocado pelo cliente em cuidar de suas próprias hortaliças”, aponta.

Além disso, todas as partes da embalagem são recicláveis, o
que vai de encontro a uma agricultura sustentável, integrada e racional.


AguapéColha você
mesmo

A Aguapé é a primeira fazenda vertical indoor de São
Paulo (SP). Lá são produzidas hortaliças em um ambiente controlado, sem uso de
agrotóxicos, com enorme economia de água, e mantendo o mesmo padrão de
qualidade, o ano todo. Tudo isso a apenas alguns quilômetros das principais
redes de mercado da maior cidade do Brasil e da América do Sul, para entregar
um produto incomparável, com excelente frescor, sabor e nutrição.

Atualmente, é produzido um volume de 21,6 m3, ou
seja, seis unidades com 6,0 x 1,20 m x 3,0 m, com produtividade de 10.800
unidades/mês. “Estamos crescendo rápido, mas planejamos 50% em média em todos
os negócios da Aguapé. Trabalhamos com a linha de alfaces da Salanova. Sartre,
Barlach, Desirade, Bellagon, Cousteau e Xandra”, relata Maurício Gouvea,
marketing e operações da empresa.

O começo

Em 2017 o Grupo Pão de Açúcar lançou o 1º Pitch Day Pão de
Açúcar, com a intenção de selecionar startups com soluções inovadoras
para o varejo. Uma das categorias era a de “Melhoria da experiência do cliente
dentro da loja”.

Maurício conta que enxergaram ali a oportunidade de
desenvolver uma solução que pudesse utilizar sua expertise na produção
de hortaliças, com a demanda crescente por produtos frescos e saudáveis. “Criamos
então, o conceito da Mini Horta Vertical, que possibilita reduzir as perdas no
ponto de venda, aumentando bastante o shelf life. Para quem compra, o
benefício maior é a de levar para casa um produto fresco e que,
consequentemente, terá um sabor melhor e irá durar mais tempo na geladeira”,
lembra.

Como em tudo que é novidade, existe a fase de aprendizado e
ajuste. “Por mais que se planeje e tente se prever todas as variáveis, é na
hora que o projeto vai pra rua que realmente entendemos os pontos mais
sensíveis e importantes. A logística requer mais atenção se comparada com a da
hortaliça tradicional, vendida na embalagem. Outro ponto importante é a
manutenção das Mini Hortas nos mercados. Mesmo necessitando de pouca
manutenção, é importante que o equipamento esteja funcionando corretamente para
garantir a qualidade da hortaliça. A reposição da mercadoria na Mini Horta tem
que ser feita com cuidado para que a planta possa ter as condições ideais de
manutenção da vida no ponto de venda”, considera.

Manejo

A geração de mudas é feita da mesma forma que na hidroponia
tradicional e plantada nos módulos verticais de produção. Depois de 15 a 20
dias, Maurício conta que as plantas são colhidas (mantendo-se o sistema
radicular), colocadas em caixas plásticas (sem amassar e sem embalar) e
enviadas ao mercado para serem colocadas na Mini Horta, que dispõe de um
sistema semelhante ao ambiente de produção, com circulação de água e
nutrientes, além da iluminação com leds.

“Nossos clientes estão em um raio de até 11 km da nossa
Horta, o que permite uma entrega bastante rápida. Além disso, as lojas dão
prioridade ao recebimento das hortaliças. Estamos atendendo atualmente sete
mercados da rede Pão de Açúcar em São Paulo – loja Brigadeiro, Shopping
Iguatemi, Shopping Jardim Sul, Ricardo Jafet, Afonso Bráz, Panamericana e Real
Parque”, enumera o profissional.

Hidroponia convencional x
vertical

Tanto a hidroponia convencional quanto vertical têm a mesma
forma de cultivo, e tudo depende de que tipo de mercado cada produtor quer
atender com seus produtos. Segundo Maurício, na hidroponia tradicional cada vez
que o produtor precisa de mais produção ele necessita ter mais área livre para
construir mais estufas.

“Grandes quantidades de terra normalmente estão bem longe
dos grandes centros e o produtor precisa viajar grandes distâncias para chegar
aos mercados consumidores. No caso da cidade de São Paulo, os grandes
produtores estão a mais de 80 km da capital. Isso requer uma outra estrutura de
logística para entregar os produtos. A vantagem deste produtor é que ele tem
água e luz do sol à disposição”, relata o responsável pelo marketing da Aguapé.

No caso da Fazenda Vertical Indoor, ela está dentro da
cidade, o que simplifica a logística na questão da distância percorrida até o
cliente. Pelo fato de a produção ser feita em estruturas verticalizadas, o
produtor consegue produzir muito mais por metro quadrado, assim como manter o
mesmo padrão de qualidade o ano todo, devido ao ambiente controlado, eliminando,
ainda, o uso de defensivos agrícolas. “Em contrapartida, não temos a luz do sol
e água como no modo tradicional”, compara.

O que não muda nos dois processos é a dedicação, o trabalho
e a vontade que o produtor tem de entregar o melhor produto possível ao cliente
final.

A evolução do projeto

O projeto da Mini Horta Vertical faz parte da startup
Aguapé, que nasceu em 2017 depois de alguns anos desenvolvendo e testando
protótipos de cultivo vertical indoor. O projeto foi lançado ao mercado
em 2017, quando deu início a busca por captação de investimento.

Neste mesmo ano a empresa participou do Pitch Day de
inovação Pão de Açúcar, mencionado anteriormente, e ficou entre os oito
finalistas dentre os quase 100 inscritos. Em 2018 toda a equipe Aguapé
trabalhou com ainda mais foco, desenvolvendo o desenho do equipamento junto à
equipe do Pão de Açúcar.

“No segundo semestre participamos do Artemisia Lab
Alimentação, um programa de aceleração da Artemisia, realizado em parceria com
a Fundação Cargill, que tem como objetivo impulsionar negócios de impacto
social com soluções inovadoras dentro do tema alimentação. Ficamos entre as 15
startups selecionadas dentre mais de 250 inscritos. Ainda em 2018 recebemos
nosso primeiro aporte de investimento, o que possibilitou iniciar a operação da
empresa e viabilizar o projeto da Mini Horta Vertical”, detalha Maurício.

Após 90 dias de projeto piloto com o Pão de Açúcar em 2019,
a Aguapé teve acesso a um relatório de avaliação do trabalho, que mostrou uma
contribuição direta da Mini Horta Vertical no crescimento de faturamento do
setor de FLV e também na melhoria da experiência do cliente dentro da loja.
“Por serem informações confidenciais e estratégicas para o cliente, não temos
como abrir os números”, diz Maurício.

Até o momento já foram construídas 18 mini hortas e a Aguapé
está na quarta versão do equipamento. “Um ponto que não há como evitar é o fato
de termos que nos adaptar ao espaço disponível nas lojas, e por conta disso
temos seis versões de Mini Hortas diferentes. Temos até mini hortas que foram
instaladas ao redor de um pilar, dentro da loja”, conta.

Para 2020, ele declara que os planos são de rápida expansão,
e por isso, já deram início às negociações para uma nova rodada de
investimento.

Palavra do supermercado

“A ‘Horta do Pão’ é um projeto que foi inicialmente testado
em duas lojas laboratório do Pão de Açúcar, nos bairros Jardim Paulista e Real
Parque, ambas em São Paulo, em julho de 2019, e acabou sendo expandido para
outras unidades devido à boa receptividade que tivemos de nossos clientes”,
conta Fernando Yoshio Ishida Amano, gerente comercial de perecíveis do Pão de
Açúcar.

A Horta é desenvolvida em parceria com foodtechs (startups
voltadas para o setor alimentício) e oferece hortaliças ultrafrescas e que
duram mais tempo. As folhagens são produzidas a partir de processos
sustentáveis e a venda desses produtos nas lojas utilizam caixas de papelão
para que o cliente possa colher e levá-las para casa, estimulando a redução do
uso de sacos plásticos. 

“Percebemos que, com a ampliação do acesso à informação e a
busca por um estilo de vida mais saudável, as pessoas passaram a se interessar
e a procurar mais por alimentos que tragam menor impacto socioambiental e sejam
mais saudáveis e sustentáveis. Isso se reflete, por exemplo, nos resultados
iniciais deste projeto. Além de incrementar a venda da categoria de FLV
(frutas, legumes e verduras), com aumento no tíquete médio, a ‘Horta do Pão’
traz um perfil de cliente que, no geral, é fiel a esses produtos e que também
costuma comprar outros tipos de folhagens e verduras, como as convencionais, hidropônicas
e orgânicas, por exemplo”, considera Fernando.

 Ainda segundo ele,
iniciativas como a ‘Horta do Pão’ estão em linha com a mudança de comportamento
do consumidor brasileiro e, por meio desses projetos, o Pão de Açúcar quer cada
vez mais incentivar a produção desses alimentos e tornar seu consumo mais
horizontal. Nesse sentido, a Horta é mais um capítulo na história do Pão de
Açúcar em seu passo acelerado de inovação para oferecer experimentação,
novidades e produtos exclusivos para os seus consumidores.

Atualmente, os produtos da Horta já estão disponíveis em
sete lojas da rede, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Fonte: https://revistacampoenegocios.com.br