“Reafirmar a defesa do meio ambiente é alertar para a crise climática, o horror do desmatamento e a urgência de políticas firmes de Estado, que assegurem a sobrevivência de nossos biomas”, destacou o presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Sydney Limeira Sanches, neste Dia Mundial do Meio Ambiente. O dirigente da entidade também lembrou que a preservação ambiental é “uma demanda da humanidade, que urge ser apreendida pelas autoridades, sob pena de graves e irreparáveis danos para o País e o mundo”.
A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), é um lembrete da necessidade de cooperação global para avaliar e buscar conter os impactos das intervenções do homem na natureza. O tema ganhou celebração depois da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, sediada em Estocolmo, na Suécia, em 1972, e foi incluído no calendário internacional dois anos depois. Desde 1974, o dia 5 de junho destina-se a conscientizar a população e as lideranças mundiais sobre os problemas ambientais que mais afligem o planeta: o aquecimento global, a perda de biodiversidade e a poluição.
As demandas globais também são urgentes no Brasil, onde o desmatamento atingiu novo recorde no último ano. Consoante o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a cobertura vegetal da Amazônia perdeu 10.573 km² durante 2022, o que equivale a quase 3 mil campos de futebol por dia. As emissões de gases de efeito estufa também preocupam: em 2021, o volume de emissão do País cresceu 12,5% e chegou a 2,4 bilhões de toneladas brutas. Os dados, divulgados pelo Observatório do Clima, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), apontam que os números são os piores desde 2003.