Sistema Root Maker

Sistema Root Maker

Nova tecnologia provoca explosão de enraizamento

Essa
técnica desenvolve mudas com copas maiores e crescimento após o plantio
surpreendente, além da grande adaptação e maior resistência da muda em
qualquer ambiente de plantio

Adriano P. RibeiroBiólogo e representante comercial – Fábrica de Árvoresadriano@fabricadearvores.com.br

Alex Vicintin Diretor – Fábrica de Árvoresalex@fabricadearvores.com.br

Monica Mello Gerente – Fábrica de Árvoresmonica@fabricadearvores.com.br

José Geraldo Mageste Doutor e professor – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)jgmageste@ufu.br

 Adalberto Brito de Novaes Doutor e professor – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) adalberto@uesc.edu.br

Mudas ou plantas com sistema radicular desenvolvido, com
maior número possível de raízes, significa aumento da área de superfície de
coifa (parte da raiz onde ocorre o crescimento) levando a melhor e mais
eficiente absorção de água e nutrientes.

Absorvendo mais água e nutrientes, as mudas apresentam um
melhor “arranque inicial” e maior taxa de crescimento (em altura e em
diâmetro). Isto tudo é o que chamamos de maior vigor, tecnicamente. Uma muda
vigorosa tem grande capacidade de sobrevivência em condições locais inóspitas.
Um excelente sistema radicular pode permitir, inclusive, menor frequência de
irrigação (turno de rega mais longo) após plantio.

Responsabilidade elas

Está nas raízes boa parte do sucesso de uma muda de
qualidade. E uma nova tecnologia vem alterando todo o processo de produção de
árvores e eliminando o agressivo método de sangria – trata-se do sistema Root
Maker, no qual a Fábrica de Árvores é pioneira no Brasil.

Nele, são geradas raízes fibrosas repletas de radicelas, que
são as raízes novas, responsáveis pela absorção de água e nutrientes pelas
plantas, não desenvolvendo raízes circulantes, que são raízes pivotantes
grossas que não possuem o papel de absorção, e sim o de sustentação.

Essa tecnologia gera uma grande adaptação e maior
resistência da muda em qualquer ambiente de plantio, facilitando o pegamento da
mesma e evitando a morte por estresse. Os vasos são segmentados e vazados.
Dessa forma, as raízes se desenvolvem em direção aos espaços abertos, que geram
a poda aérea da mesma, estimulando o desenvolvimento das radicelas no restante
da raiz.

Benefícios:

– Grande adaptação e maior resistência da muda em qualquer
ambiente de plantio;

– Facilidade de pegamento, evitando a morte por estresse;

– Desenvolve mudas com copas maiores;

– Crescimento após o plantio surpreendente;

– Aceleração do amadurecimento da planta (floração e
frutificação);

– Diminuição do custo total do projeto;

– Índice de morte de 1% em qualquer dos tamanhos;

– Todos esses benefícios corroboram para uma alta qualidade
no projeto.

Manejo no viveiro

A implantação do Root Maker é simples, por se tratar de um
sistema reutilizável. Após a germinação das sementes, fazemos a repicagem, que
nada mais é do que retirar a plântula da sementeira e passá-la para o tubetinho
do sistema Root Maker, para formação das radicelas.

Depois de plantada, a muda permanece por três a seis meses
em uma estufa de sombreamento para desenvolvimento e crescimento das raízes e
da planta.

O próximo passo é o processo de rustificação, que consiste
em colocar as mudas a pleno sol para que se adaptem para venda. As únicas
plantas que não vão para este processo são espécies que são de locais de meia
sombra, como por exemplo o palmito, que é levado para uma estufa de
sombreamento com uma incidência de sol controlada.

Após três a seis meses, de acordo com a espécie (podendo
variar este tempo entre plantas pioneiras e não pioneiras), seguimos dois
caminhos. No primeiro caminho, passamos essas mudas para o recipiente de
tubetão de 3,8 L. Estas mudas são as plantas que vendemos para reflorestamento,
que geraram uma quantidade surpreendente de raízes por terem passado no sistema
Root Maker, anteriormente. As mudas são vendidas entre 50 cm a 1,0 m.

No segundo caminho retiramos as plantas do tubetinho e
passarmos para o vaso do sistema Root Maker que possui 19 L. Nesse recipiente a
muda toma corpo, se desenvolvendo até 1,80m até estar pronta para ir para a
próxima etapa.

A última etapa de desenvolvimento é feita no Trapper
ou Builder. Ali, as plantas que já atingiram 1,8 m nos vasos são
transferidas. Nesses dois recipientes, as plantas começam a crescer em DAP
(Diâmetro a Altura do Peito), altura e volume de copa, sendo vendidas a partir
de DAP 3, chegando a plantas com DAP 15, 20 ou maior.

Quando as plantas são vendidas, os torrões são “stretchados”
(embalados em papel filme para evitar a quebra do torrão e mantê-lo úmido). O
sistema Root Maker fica no viveiro, até brincamos dizendo que “vendemos o bolo,
mas a forma fica”.

Produtividade no campo

O aumento na produtividade se torna evidente, pois as
plantas se desenvolvem mais rápido, justamente pela alta absorção de nutrientes
que a produção de radicelas gera.

No viveiro, entre os benefícios está a não necessidade de
desmamar as plantas para que suas raízes entrem no solo (processo que gera
diversos problemas, como risco da entrada de algum fitopatógeno, como vírus,
bactérias, fungos e cupins, além de gerar uma ferida que levará pelo menos um
ano para cicatrização, fazendo com que a planta foque seus esforços para a
cicatrização, ao invés de se desenvolver.)

Ainda, não necessita de tutor, pois as plantas formam copas
mais bem estruturadas. O índice de morte é muito baixo, diminuindo o trabalho
de reposição e movimentação das plantas.

Desafios

Um dos erros mais comuns no momento do plantio é justamente
fazer um berço praticamente do mesmo tamanho do torrão. Sugerimos que o
diâmetro do berço seja pelo menos o dobro do torrão, e a altura de 30 a 50 cm
maior, porém, deve ser preenchido com uma terra adubada e misturada com um substrato
de qualidade, mantendo o nível superior do torrão (colo da árvore) no mesmo
nível do solo.

O formato do berço ainda gera discussão, sobre ser quadrado,
redondo ou em formato de taça. Na nossa opinião, o mais importante é o tamanho,
não importando muito o formato.

É importante não irrigar após o plantio. A rega deve ser
abundante, indiferente se a árvore for plantada no chão ou no vaso. Atente-se
para que todo o ar saia do solo. Este, provavelmente, cederá um pouco, e caso
isso aconteça é só colocar um pouco mais de solo.

Investimento x retorno

O custo-benefício do Root Maker é grande, apesar de o
investimento inicial ser maior. Dentre os benefícios, destacamos:

– Garantia de um processo produtivo padronizado, que reduz
custos e dá um maior ganho de escala;

– Qualidade incomparável do produto final;

– Redução drástica de perdas com substituição de indivíduos
que morrem após plantio.

Fonte: https://revistacampoenegocios.com.br