Energia solar

Energia solar

A hora é agora!

Expansão
acelerada da energia solar no Brasil tem incentivado empresários a criarem
novos modelos de negócio. As energias renováveis representam o futuro do
desenvolvimento sustentável e para uma economia limpa.

O consumidor deve ficar atento ao novo
aumento na conta de energia elétrica anunciado pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel). O valor sobe de R$ 9,49 para R$ 14,20 a cada 100 kWh
(quilowatt-hora) consumidos.

A nova bandeira tarifária é chamada de “escassez
hídrica”, em decorrência da maior crise hídrica dos últimos 91 anos e aos
custos adicionais provenientes da entrada em operação das termelétricas.

A nova tarifa adicional tem previsão
para perdurar até abril de 2022 no Sistema Interligado Nacional. Já os
consumidores dos sistemas isolados, como em Roraima e outras regiões remotas,
não pagam esta tarifa, tampouco os que estão contemplados pela tarifa social.

De acordo com Aneel, a tarifa média do
Brasil sem impostos e sem bandeira tarifária é de 0,609 / kWh ou R$ 60,9 a cada
100 kWh para bandeira verde. “A alteração da Bandeira Vermelha Patamar 2 de R$
9,49 para Bandeira Escassez Hídrica, de R$ 14,20 a cada 100 kWh, corresponde a
um aumento da tarifa média residencial de R$ 69,49 para R$ 74,20 a cada 100
kWh, o que representa um aumento médio de 6,78% na conta de luz dos clientes”,
informa a agência.

Direto no campo

Geralmente estamos acostumados a ver os
painéis fotovoltaicos nos telhados das casas e em prédios na cidade, não é
mesmo? Mas saiba que a energia solar na agricultura também vem sendo muito
utilizada – e não é para menos.

A energia solar no campo, seja para a
produção na agricultura, na pecuária ou em qualquer outra atividade, apresenta
uma série de benefícios que, no fim das contas, se traduz em uma grande
economia para o setor.

Portanto, se você tem uma propriedade
rural, confira a seguir alguns motivos que explicam por que a energia solar na
agricultura é um grande investimento com retorno garantido.

Para todos os bolsos

Hoje, produtores rurais de todos os
tipos e perfis já fazem uso da energia solar fotovoltaica. Para se ter uma
ideia, Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (Absolar), conta que 13,5% de todos os investimentos em geração
própria de energia solar são feitos em propriedades rurais. “Os produtores
rurais são o terceiro segmento que mais investe em geração de energia solar
própria. O primeiro segmento é composto pelas residências, seguido de empresas
de comércio e serviços”, relata.

A participação dos produtores rurais na
energia solar tem crescido muito ao longo dos anos – estava na faixa de 4 a 5%
em 2017, saltando para os 13,5%, um crescimento de quase três vezes em apenas
quatro anos. O executivo ressalta que o sistema de geração solar fotovoltaica é
adequado para produtores de todos os tipos de cultura.

Então, hoje já vemos produtores de
milho, soja, algodão, café, mandioca, hortaliças e também criadores de aves,
animais e peixes aplicando a energia solar na iluminação, em processos de
irrigação e bombeamento de água, que demandam muita energia elétrica no campo,
além de processos produtivos de refrigeração de leite e carnes, processamento
de matérias-primas e de insumos.

O sistema modular fotovoltaico é muito
versátil. A mesma tecnologia utilizada por grandes produtores rurais pode ser
utilizada na agricultura familiar. Rodrigo Sauaia explica que a única diferença
é o número de equipamentos utilizados, “mas o dimensionamento é simples e a
manutenção do sistema é baixa. O sistema não tem partes móveis, não emite
nenhum tipo de ruído ou poluente, como gás, líquido ou sólido durante a sua
operação. Isso mostra que é um sistema e sustentável e ecologicamente correto,
que ajuda, inclusive, o produtor a buscar novos clientes e consumidores que
estão cada vez mais exigentes com relação aos quesitos ambientais”, pontua.

Com a sustentabilidade dada pela
energia limpa e renovável do sistema fotovoltaico, o produtor rural tem um
ganho também para sua marca, para sua imagem e para o seu posicionamento junto
aos clientes e o mercado.

Por
onde começar

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Com o apoio de uma conta de luz, o
produtor rural deve buscar empresas especializadas em energia solar
fotovoltaica que irão ajudá-lo a fazer o dimensionamento de um sistema capaz de
suprir a sua demanda elétrica ao longo dos meses e dos anos.

“Isso precisa, na verdade, de um
conhecimento técnico especializado que só as empresas podem oferecer para os
consumidores e também vão proporcionar uma cotação de valor desse sistema, que
pode ser feito com a compra direta do consumidor com recurso próprio. Na
maioria das vezes é feito parcelamento ou também com apoio de uma linha de
financiamento”, relata o presidente da Absolar.

Financiamentos

A boa notícia que Rodrigo Sauaia traz é
que o Brasil tem, hoje, mais de 70 linhas de financiamento disponíveis para os
consumidores que têm interesse em gerar a própria energia limpa e renovável a
partir do sol.

Existem linhas de financiamento
específicas para os produtores rurais com condições muito interessantes e
favoráveis, tanto para o pequeno agricultor familiar quanto para um produtor de
médio porte, para cooperativas agrícolas e também grandes produtores.

Todos eles têm opção de crédito
disponível em bancos públicos ou privados, assim como as cooperativas de
crédito que fornecem esse tipo de suporte para quem tem interesse em gerar a
própria energia. “Sendo o sistema financiado, o consumidor contrai o empréstimo
para pagar a aquisição, e com a economia que terá em sua conta de energia ele paga
as parcelas do financiamento”, garante o especialista.

Retorno
do investimento

Hoje, em média, no Brasil, o tempo de
retorno sobre o investimento está na faixa de quatro anos, sendo que o sistema
tem uma vida útil de mais de 25 anos. “Pode ser que demore um pouquinho mais,
no caso do financiamento, mas, de qualquer forma, é um tempo bem curto e depois
o produtor terá mais de 20 anos (ou mais) de energia elétrica praticamente de
graça, ajudando a reduzir os seus custos sem abrir mão da sustentabilidade”,
calcula Rodrigo.

Ainda segundo ele, a geração de energia
solar no campo, além de ser uma enorme oportunidade para os produtores rurais
reduzirem o custo da produção em até 95%, também aumenta a produtividade no
campo e contribui para a sustentabilidade da produção.

Versatilidade

Outra vantagem dessa tecnologia é que o
produtor rural pode aproveitar espaços da sua propriedade que estavam ociosos,
como por exemplo o telhado das residências das áreas produtivas, de silos de
estocagem, de garagens de tratores e veículos, bem como o telhado das granjas
ou o local de produção de carnes e leite, que são áreas improdutivas e passam a
ter uma nova funcionalidade para geração de energia e abastecer a demanda da
propriedade rural.

Outro aspecto importante da energia
solar fotovoltaica é que o produtor rural terá, a partir daí, mais autonomia e
também se protegerá dos aumentos das tarifas que têm crescido rapidamente ao
longo dos últimos anos. Se protege, também, das bandeiras tarifárias, por
exemplo, essa terrível bandeira vermelha, que veio junto com a escassez hídrica
e aumentou muito a conta dos brasileiros.

“De janeiro a setembro deste ano, para
se ter uma ideia, a conta de energia elétrica aumentou, em média, 20%, o que é
um valor quatro vezes acima da inflação, pesando muito no bolso do produtor
rural e exigindo que ele agora busque alternativas para se proteger desses
aumentos preocupantes. Então, a energia solar fotovoltaica agrega como solução
nesse processo”, avalia o presidente da Absolar.

Além disso, a energia fotovoltaica leva
para o produtor rural uma nova ligação com a sustentabilidade, pela geração de
energia limpa, renovável e que não depende de água para gerar energia,
ajudando, portanto, a extrair mais valor da propriedade rural.

Novos
projetos de lei

A energia gerada pelo produtor rural
não pode ser vendida, o que é impedido por lei e por regulamentação. Mas, a boa
notícia é que o projeto de lei 5.829 de 2019 estabelece um marco legal para
geração própria de energia renovável a partir do sol, do vento, da biomassa, do
biogás e também de aproveitamentos hídricos, além de trazer mais segurança
jurídica, estabilidade e previsibilidade.

O crescimento do uso dessa tecnologia
no campo também permite, pela primeira vez, um modelo de venda de excedentes de
energia elétrica às distribuidoras, que vão poder fazer chamadas públicas para
aquisição dessa energia dos produtores rurais e de quem mais gerar essa energia
e tiver interesse em vender.

“Então, é muito importante que esse
projeto de lei, que acabou de ser aprovado na Câmara dos Deputados com uma
estrondosa maioria favorável 476 votos a favor contra apenas três votos
contrários, siga para o Senado e tenha uma rápida tramitação, sendo aprovado
sem alterações no texto”, diz Rodrigo Sauaia.

Este é um grande acordo entre todas os
todos os agentes do setor elétrico e com apoio favorável de todos os partidos
políticos do Brasil, de direita, de esquerda e de centro, todos a favor do
projeto de lei para que haja efetivamente o direito de gerar e usar a própria
energia renovável, garantido por lei, ao cidadãos brasileiros, aos setores
produtivos e aos produtores rurais.


Por que investir em energia solar na
agricultura?

1. A energia solar deixa a sua propriedade com mais autonomia

A autonomia energética e a consequente redução de custos com
eletricidade certamente é uma das principais vantagens da energia solar.
Afinal, passando a produzir a própria eletricidade, se o sistema estiver ligado
à rede pública, você pode economizar até 90% em sua conta mensal – e o
excedente produzido retorna para você em créditos de energia. E se você
escolher o uso de baterias, então fica com 100% de autonomia na geração da
eletricidade.

E toda essa redução de custos com eletricidade e de seus
penosos encargos, realmente faz a diferença na agricultura e nas demais
culturas rurais, já que será possível:

  • Promover mais segurança em sua propriedade ao
    utilizar cercas elétricas com a energia solar;
  • Iluminar melhor o entorno com o uso de postes de
    iluminação solar;
  • Climatizar as áreas de produção, como os
    aviários e as estufas de alimentos;
  • Auxiliar no sistema de irrigação, como veremos
    logo mais.

2. A energia solar tem ótimas linhas de financiamento

É cada vez mais viável para pequenos, médios e grandes
agricultores instalarem sistemas de energia fotovoltaica em suas propriedades.
O motivo para isso é que o Governo Federal tem cada vez mais interesse em
fomentar a inovação no campo, tanto que criou o plano Inovagro e investiu R$ 2
bilhões – o que garante financiamentos exclusivos para energia solar no ramo
agrícola com taxas e juros baixíssimos.

Para você entender um pouco melhor como funciona, quais as
possibilidades e quais os prazos, basta acessar as páginas de alguns bancos que
contam com o Inovagro, como BNDES, Banco do Brasil, Santander e Caixa.

E não se esqueça: caso tenha interesse em recorrer a essas
linhas de crédito para instalar energia solar em seu negócio, é necessário
obter a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) em seu sindicato rural ou por
meio da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).

3. A energia solar na área da agricultura favorece a
irrigação

A irrigação é uma das atividades que mais consome energia
elétrica no campo. Nesse caso, a energia solar vem como uma excelente
alternativa, já que ela reduz os gastos financeiros do consumo de eletricidade,
inclusive no uso do bombeamento de água do poço artesiano.

O uso de uma bomba de água movida a energia solar faz com
que você também economize no uso do combustível, tornando a tarefa mais
simplificada e sem perder a qualidade na irrigação.

4. A energia solar melhora a agricultura de precisão

Com a energia solar, você pode realizar a telemetria em sua
produção rural de forma bem mais econômica. Graças a isso, a agricultura de
precisão não é mais um privilégio das grandes fazendas.

Na hora de avaliar as condições do clima e do solo, o grau
de desenvolvimento da lavoura e etc. por meio de tecnologias de mensuração para
automatizar a produção agrícola, a energia solar garante mais economia no uso
dos equipamentos de comunicação.

Aliás, a própria produção de energia solar pode ser
acompanhada por você em tempo real por meio de um aplicativo específico.

5. A energia solar também contribui na dessalinização

O uso da energia solar na agricultura também facilita o
trabalho de dessalinização da água em poços artesianos mais profundos, já que
também é necessário o uso de eletricidade nesse procedimento.

Então, essa prática contribui diretamente com os outros
processos de produção na agricultura e outras culturas, já que melhora o
abastecimento da água em várias tarefas – como na criação de tilápia, por
exemplo, além da própria irrigação de plantas que sejam tolerantes a
salinidade.

6. A energia solar também contribui na pecuária

Todas as atividades que envolvem a pecuária também são
beneficiadas com a energia solar. Seja na produção de leite e derivados e
também nas carnes, o uso da eletricidade é essencial para o funcionamento de
tanques de resfriamento, do uso de ordenhadeiras elétricas e outros
equipamentos.

A energia solar, portanto, reduz consideravelmente os custos
de eletricidade de todos esses procedimentos, o que, no final das contas,
diminui perdas e melhora o lucro nas vendas.

Viu só quantas vantagens? Por isso que a energia solar não é
um gasto, mas um verdadeiro investimento para a sustentabilidade do seu
agronegócio.

Fonte: Reevisa


Air Products apoia curso de hidrogênio verde

As energias renováveis representam o futuro do
desenvolvimento sustentável e o hidrogênio verde é uma das principais soluções
para uma economia limpa. Nesse cenário, o Ceará desponta devido à sua
capacidade de produção de energia eólica e solar, empregada na produção do
hidrogênio verde, uma das apostas da indústria como combustível
sustentável.  

A fim de aprofundar o conhecimento de interessados sobre o
tema, lançando as bases para capacitação profissional de operadores e
mantenedores de plantas produtivas de hidrogênio, o Senai Ceará acaba de lançar
o “Curso Introdução ao Hidrogênio Verde”, com o apoio de universidades,
empresas e instituições do setor, incluindo a Air Products, multinacional líder
mundial na produção de hidrogênio, à frente do desafio de alavancar o consumo
do hidrogênio verde mundialmente.

A Air Products tem mais de 60 anos de experiência na
produção e distribuição de hidrogênio a partir de gás natural, por conversão de
biomassa ou por eletrólise, método que utiliza energia elétrica, neste caso,
obtida de fontes renováveis.

A companhia está envolvida em mais de 250 projetos de hidrogênio,
na Europa e nos EUA, e em mais de 20 países ao redor do mundo. Empilhadeiras,
carros, caminhões, vans, ônibus, locomotivas, aviões, embarcações e submarinos
têm sido abastecidos a hidrogênio com o apoio da tecnologia de ponta fornecida
pela empresa.

Um dos destaques é o arranjo produtivo entre Air Products e
outros parceiros no projeto NEOM, para instalação de uma fábrica de amônia
produzida com hidrogênio verde e movida a energia renovável, na Arábia Saudita.

Considerado o maior projeto de hidrogênio verde do mundo,
fornecerá 650 toneladas de hidrogênio sem carbono por dia para fornecimento em
escala global, o que reduzirá as emissões de CO2 em três milhões de
toneladas por ano.

Previsto para entrar em operação em 2025, terá a Air
Products como compradora exclusiva da amônia verde, que será destinada à
produção de hidrogênio verde em diversos mercados internacionais, buscando
atender prioritariamente o setor de mobilidade.

A Air Products também apoia o desafio estudantil SAE Brasil
& Ballard Student H2 Challenges, competição que vai testar o hidrogênio
como combustível para os veículos do tipo Baja ou Fórmula SAE, tendo fornecido
hidrogênio para os testes e realizado o treinamento sobre abastecimento com 170
estudantes de engenharia.

“Estamos muito felizes em poder contribuir com o curso do
Senai Ceará. É uma excelente oportunidade para profissionais da área ou que
queiram se especializar. Apostamos no hidrogênio verde como combustível do
futuro e sabemos que a transição energética é fundamental. Passar das energias
fósseis para as energias limpas é um passo importante para a humanidade, para
que haja um planeta mais sustentável”, destaca Marcus Silva, gerente geral Brasil
e Argentina.


Energia
solar é investimento com retorno garantido

Bianca Prisco Soares Graduanda em Agronomia – Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral (FAEF, Garça – SP)byancaprisco35@gmail.com

Marcelo de Souza Silva Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia/Horticultura e professor – FAEF – Garça – SPmrcsouza18@gmail.com

As regiões sudoeste e centro-oeste do Brasil chegam a
representar cerca de 70% de toda energia produzida no País, no entanto, as
mesmas regiões encontram-se atualmente na pior situação dos reservatórios das
últimas 90 décadas, fato agravado pela grande restrição hídrica.

Levando em consideração que a grande quantidade de energia
gerada nessas regiões é a hidroelétrica, a busca por fontes alternativas,
economicamente viáveis, passam a ser de extrema importância, sobretudo no
ambiente rural, que depende da energia elétrica para realização de inúmeros
processos ligados à produção agrícola.

Vale destacar que as fontes alternativas de geração de
energia elétrica são opções que, em geral, causam pouco impacto ao meio
ambiente. Essas fontes energéticas representam uma alternativa às fontes
convencionais, que provocam inúmeros problemas ambientais, e sofrem com
variações na produção ao longo do ano, como o caso da energia hidroelétrica,
que embora sejam de baixo impacto ambiental, varia em termos de produção
conforme o regime hídrico anual.

Neste sentido, a energia solar tem sido considerada uma
alternativa para a tentativa de redução dos impactos da crise hídrica. Conforme
levantamentos da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a
utilização de fontes renováveis, além de eficaz, gera economia para
consumidores a curto, médio e longo prazos.

Este problema tem relação direta com hidroelétricas, que
passam por desabastecimento de água. Somando a isso, tem-se como consequência o
aumento no seu custo, que já atinge 50% em relação ao atual valor da bandeira
vermelha, que de acordo com o Ministério de Minas e Energia, a cobrança é de R$
14,20 a cada 100 kWh consumidos.

Assim, para o produtor rural que necessita do acionamento
diário de maquinários, equipamentos e para manutenção das instalações da
propriedade rural, esse aumento pode comprometer significativamente o orçamento
da fazenda.

Preocupação

Nos últimos anos, esse cenário tem causado grande
preocupação ao setor rural, fazendo com que os produtores busquem alternativas
para tentar reduzir prejuízos como elevação do custo de produção, associados,
na maioria das vezes, ao valor pago no consumo de energia elétrica. 

Como alternativa a esses problemas, a energia solar no
ambiente agrícola vem sendo uma ótima opção, não só para a redução de custos
operacionais do setor, mas também para a eficiência dos processos realizados
por agricultores.

O funcionamento da energia solar envolve a atuação de
painéis fotovoltaicos, responsáveis por captar a luz do sol e desse processo
gerar energia elétrica, que pode ser utilizada para funcionamento de
equipamentos agrícolas e máquinas, além de tornar possível o acionamento de
sistemas de bombeamento de água para irrigação das plantações, que tem se
tornado um modelo de produção cada vez mais comum e necessário para elevar a
produtividade dos cultivos de forma competitiva e sustentável.

Desafios

Existem ainda muitas situações no ambiente rural em que o
sistema elétrico convencional é inviável, tornando a energia solar uma boa
alternativa para reduzir os gastos com eletricidade nesses locais.

Lembrando que a energia fotovoltaica é a energia elétrica produzida
a partir de luz solar, o que pode acontecer mesmo em dias nublados ou chuvosos.
Quanto maior a radiação solar, maior será a quantidade de eletricidade
produzida.

Essa tecnologia vem sendo uma grande aliada dos produtores
rurais para reduzirem o gasto com a conta de luz e aumentarem a renda
proveniente do agronegócio. Para dar ainda mais destaque a essa observação,
pode-se citar, por exemplo, que apenas os gastos de energia nos sistemas de
irrigação em uma propriedade podem representar até 20% dos custos de produção,
e com o aumento das tarifas, esta porcentagem pode subir ainda mais.

A produção de hortaliças, por exemplo, normalmente cultivada
em pequenas propriedades nos cinturões verdes de regiões metropolitanas, é um
dos segmentos mais afetados, por se tratarem de culturas que necessitam de
irrigação constante durante todo o ciclo das plantas.

Além dos sistemas de irrigação, há necessidade de manutenção
de equipamentos que realizam monitoramento e auxílio no processo produtivo,
como câmaras frias.

Os sistemas fotovoltaicos também podem ser usados para
fornecer energia para ventilação, geração de calor aos edifícios dos rebanhos e
da fazenda, ou seja, todos os processos que dependem da energia elétrica.

Conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), a classe de consumo rural totaliza 900 MW de potência instalada na
geração solar distribuída. Nos oito primeiros meses de 2021, foram adicionados
291 MW ao segmento, aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2020.

Já demonstra uma situação em que os produtores buscam
aumentar a autonomia energética para não ficarem reféns dos preços das
distribuidoras e terem maior governança sobre os custos da produção.

Instalação

Embora pareça algo muito difícil, a instalação dos painéis
fotovoltaicos ocorre por meio de placas de energia solar. Após essa captação,
inicia-se o processo de transformação em energia elétrica. Este processo é
possível por meio do efeito fotovoltaico, que ocorre quando partículas de luz
solar se chocam com átomos presentes no painel solar, gerando movimento dos
elétrons e criando a corrente elétrica que chamamos de energia solar
fotovoltaica.

Para abastecimento de residências e comércios na zona
urbana, é importante que se tenha um equipamento para realizar a conversão da
corrente elétrica alternada gerada em corrente contínua (corrente de baixa
tensão), que pode ser feito por um inversor solar.

Já quando se trata da instalação deste sistema no meio
rural, há necessidade de mudanças pontuais em relação ao citado anteriormente,
sobretudo quanto às mudanças de fatores climáticos e área de instalação.

Em todas as situações de instalação, o serviço deve ser
acompanhado por um técnico especializado, que irá considerar, antes da
instalação, fatores como a inclinação e o estado das telhas. Caso seja
instalado sobre construções, serão avaliados os aspectos ligados à estrutura de
suporte, posicionamento destas estruturas e, consequentemente, das placas em
relação à inclinação solar, necessidade de construção e/ou adaptação de locais
para acomodar os demais equipamentos necessários para o sistema fotovoltaico.

É importante salientar que é fundamental realizar um
levantamento detalhado da viabilidade do sistema solar fotovoltaico, conforme
necessidade de cada produtor, ou seja, cada situação exigirá um parecer
particular.

Vantagens

Como já destacado, a energia solar possui inúmeros
benefícios, como vida útil longa, maior economia e valorização do imóvel. Porém,
quando se trata desse tipo de geração, é necessário apontar vantagens e
desvantagens da energia solar. Entre as poucas desvantagens, pode-se citar um
alto custo de aquisição e a questão da intermitência na produção de energia –
Não funcionar à noite em sistemas sem baterias; baixo incentivo no Brasil; e
poucos estudos sobre os impactos provenientes do descarte dos painéis.

Investimento

O custo de um painel de energia solar com capacidade de
geração de 330 watts é de aproximadamente R$ 849,00, ou seja, valor aproximado
de R$ 2,57/Watt. Vale destacar que o preço de um painel de emergia solar varia
de acordo com a cotação do dólar, material de fabricação e sua eficiência.

Atualmente, um painel fotovoltaico tem cerca da metade do
preço de 2008, sendo em média 100 vezes mais barato que em 1977.

O custo dessa tecnologia está em constante queda, o que a
torna cada vez mais acessível aos consumidores e aos produtores rurais, que
podem contar com a redução de até 75% nos custos com energia. No campo, ainda
são altíssimos os gastos com energia elétrica e as tarifas estão em constante
aumento.

Portanto, investir em uma fonte de energia renovável e de
menor custo torna-se uma excelente opção. O produtor rural ainda conta com
diversas linhas de crédito disponíveis especificamente para áreas rurais,
tornando possível iniciar o projeto de forma rápida e simples.

Cada produtor deve considerar as vantagens e desvantagens
antes da aquisição deste sistema, mas pode-se afirmar que a médio e longo prazos
o investimento na energia fotovoltaica será grande aliada para fortalecimento e
autonomia do produtor rural.

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13,5% de todos os investimentos em geração própria de energia solar são feitos em propriedades rurais

– Os produtores
rurais são o terceiro segmento que mais investe em geração de energia solar
própria.

– A participação dos
produtores rurais na energia solar tem crescido muito ao longo dos anos –
estava na faixa de 4 a 5% em 2017, saltando para os 13,5%, um crescimento de
quase três vezes em apenas quatro anos

Fonte: https://revistacampoenegocios.com.br