Nelson M. Iida – Gestor Agroflex e Plasticultura BR – nelson@agroflexbrasil.com
A agricultura passa por momentos difíceis em função do
clima, assim como a falta de mão de obra especializada e áreas novas para
plantio. Entre outras várias dificuldades que encontramos está a falta de
incentivos para produção.
Mas, se há um bom conselho para receber, atualmente seria:
‘não entre em tomaticultura sem o conhecimento básico. Além de ser uma das
culturas mais caras, atualmente ela requer dedicação integral, conhecimento do
momento certo para semear e um planejamento que não se faz em uma mesa de
jantar ou churrasco com amigos e familiares’.
Este pode ser o investimento do seu sucesso ou insucesso,
pode te levar à felicidade ou a quebra
financeira. Quase todos fornecedores querem que você plante tomate, inclusive o
de plástico, como nós!
Isso geralmente porque acreditamos que o tomateiro tem
capital para isso e, de antemão, sabemos que o investimento será elevado.
Espero que você, produtor, também saiba e esteja preparado para investir, em
média, R$ 20,00 por planta.
O começo
Acredito que próximo ao tomate existe a cultura de batata,
que também tem custo de produção elevado. Mas, falemos do tomate, que é o
assunto de hoje. Se realmente for escolher a cultura “tomate”, que é de fato
fascinante, inicie com uma estufa pequena, caso seja cultivo protegido, e se
for a campo aberto que seja algo próximo de 1,0 hectare.
Independente se for estufa ou campo aberto, inicie com
mulching preto e branco, pois é uma excelente ferramenta para que não tenha
maiores dificuldades e, é claro, não pode faltar a irrigação por gotejo.
No seu planejamento inicial, independente do sistema,
pesquise bem qual o melhor híbrido, seja ele mini, tomate Italiano, tipo caqui,
determinado ou indeterminado, e ainda há o tipo rasteiro.
A maioria das empresas de sementes tem um híbrido de
qualidade, por isso é importante pesquisar em sua região quais as melhores
opções, principalmente em se tratando de campo aberto ou cultivo protegido.
Atualmente, há uma cultivar adequada para cada tipo de
cultivo, com maior produtividade e resistência ou com tolerância às diferentes
pragas do tomateiro.
O papel da plasticultura
Importante saber que os principais tomateiros, que realmente
buscam maior produtividade, qualidade e rentabilidade, estão plantando nos
mulching Preto & Branco, e quanto mais técnico, buscam o ECOLON M12, tipo
emboçado, que além de melhor acomodação no canteiro, ou seja, menor quantidade
de bolsões de ar devido ao sistema que mais se parece a um tecido, ele também
possui uma garantia estendida.
E quando for retira-lo dos canteiros, estes saem com maior
facilidade, pois o solo não fica tão impregnado como nos mulchings
convencionais. Seus 25 mícrons de espessura conferem uma alta resistência e
muita eficiência aos canteiros.
Ainda há produtores que, ao terminar a safra do tomate,
aproveitam o mesmo Ecolon M12 para plantar vagens, melancias, berinjelas, entre
outras culturas. Mas, vale lembrar e insistir – não entre apostando todas as suas
fichas em tomaticultura. Inicie sua reserva como investidor, sabendo que pode
até perder tudo, e se isso ocorrer terá condições de seguir a vida
tranquilamente.
Agora, particularmente me fascina esta cultura, seja ela em
estufas ou a campo aberto. Quando bem planejada, com a escolha do híbrido
certo, as tecnologias bem aplicadas, como o Ecolon M12 preto e branco, tubo
gotejador, fertirrigação bem aplicada, todos os tratos culturais feitos e
acompanhadas no seu dia a dia, é só torcer para dar tudo certo e ter um bom
preço no momento da colheita.
Aliás, o produtor não deve iniciar seu plantio se no
planejamento não estão definidos os compradores, pois é o último fator, mas não
o menos importante, talvez um dos mais importantes para o sucesso!
Breve relato de um experiente
profissional do tomate no Brasil:
Sr. Lázaro Lauro de Andrade, produtor de tomates na região
de Sumaré (SP), planta também em outras regiões do Brasil, assim como outras
culturas, além de ser pecuarista. Estivemos também na companhia do Sr. João
Roberto do Amaral Junior.
Nesta região, eles plantam aproximadamente 2.000.000 de pés
de tomates, todos em campo aberto.
Paula Borges, engenheira agrônoma: O senhor planta
100% da área com mulching?
Lauro Andrade: Sim, em toda a nossa área é aplicado o
Ecolon Preto & Branco.
PB: Por que Ecolon Preto & Branco?
LA: O Ecolon Preto & Branco reduz a temperatura e,
consequentemente, aumenta a produtividade, além de evitar uma colheita
concentrada pelo amadurecimento precoce.
PB: É difícil aplicar o Ecolon?
LA: A aplicação do Ecolon é de forma mecanizada e não
encontramos dificuldade para aplicar.
PB: O sistema de plantio é em linha única ou dupla?
LA: Nós só plantamos em linha única.
PB: Qual a largura do Ecolon que melhor se adaptou?
LA: Em nossas propriedades só utilizamos com 1,20 m
de largura.
PB: Qual o ciclo do tomate em campo aberto e quantos
kg, em média, tem colhido por pé?
LA: Em média, o ciclo é de 150 dias e colhemos 12,00
kg/planta.
PB: Como o senhor planta tomates indeterminados, qual
o limite de pencas por planta?
LA: O que determina a poda é o limite da altura, mas
geralmente com 14 a 15 pencas fazemos a poda, podendo, em certos casos, chegar
até a 20 pencas.
PB: Última pergunta, voltaria a plantar sem o Ecolon?
LA: Não! O uso do Ecolon foi uma benção, pois nosso solo é muito arenoso e a chuva compacta muito o solo, além de evitar perdas de insumos que são arrastados pela erosão. Utilizamos o Ecolon pela parceria com a empresa e a qualidade do produto. O Ecolon é fácil de retirar do solo, pois não rasga e não ficam pedaços no campo após o cultivo.