Há algum tempo, os incêndios florestais brasileiros têm ganhado um amplo espaço de discussão e visibilidade. Além de todo o impacto ambiental, com ameaças à biodiversidade, há também a questão dos sérios prejuízos econômicos com as sanções aplicadas às empresas que não seguem à risca todos os protocolos de preservação. Por conta desse cenário, algumas empresas como a Agropalma – maior produtora de óleo de palma sustentável da América Latina, com sede no Estado do Pará – têm intensificado suas ações de proteção ambiental, tanto no que diz respeito à cadeia produtiva, quanto às comunidades locais.
“Precisamos pensar que a proteção das florestas brasileiras não é uma questão apenas ambiental, mas também social e econômica. Com o aumento do desmatamento e das queimadas, elevam-se os níveis de CO2 na atmosfera, o que piora o desequilíbrio do efeito estufa e, consequentemente, agrava o aquecimento global. Tudo isso provoca sérias mudanças climáticas, influencia negativamente nos ecossistemas e reflete diretamente na agricultura, podendo impactar negativamente a produção de alimentos e a qualidade de vida das pessoas”, declara Wander Antunes, assessor de responsabilidade socioambiental da Agropalma. Entre as iniciativas do programa de proteção florestal da empresa, destacam-se o cuidado e a conservação da integridade dos 64 mil hectares de reservas florestais, somadas à decisão da Agropalma da não extração de madeira. As florestas da companhia estão localizadas em quatro municípios do Pará – Tailândia, Acará, Moju e Tomé-Açu -, que estão inseridos na Região Amazônica. Com uma equipe em torno de 30 profissionais, entre vigilantes florestais, exclusivamente dedicados a fazer rondas, inspetor, supervisores e coordenador, é realizado um controle de prevenção de incêndios e proteção das áreas, durante os sete dias da semana. Além disso, a área é monitorada via satélite, por meio de um sistema que emite alertas de focos de calor e permite verificar as ocorrências. “Muitas vezes, os focos de incêndio vêm das comunidades locais, que vivem da agricultura tradicional de subsistência, como mandioca e milho, entre outros alimentos. Elas têm por hábito extrair a vegetação de uma pequena área para sua nova plantação e ‘limpam’ o terreno ateando fogo, já que não têm acesso a outras técnicas mais avançadas e sustentáveis. Porém, essa queimada muitas vezes sai do controle e acaba trazendo muitos prejuízos ambientais e econômicos aos envolvidos”, comenta Paulo Wanzeler Gaia, coordenador de segurança patrimonial e florestal da Agropalma. Com o propósito de conscientização, a Agropalma atua também junto às comunidades e produtores parceiros. Além de todas as ações de monitoramento, a empresa divulga conhecimento por meio de panfletos e, caso identifique alguma situação que vá expor a floresta, entra em contato com a comunidade e disponibiliza caminhões pipa, para evitar que o fogo se alastre. Atualmente, a companhia conta com três veículos deste porte. |
Protocolo de sustentabilidade Em relação aos produtores parceiros, a Agropalma tem muito bem definido um protocolo, que segue rigorosamente as determinações das suas certificações de sustentabilidade, entre elas, a proibição do uso de fogo nas plantações. “Caso algum produtor cometa uma infração, existem sanções previstas em contrato que vão desde o cancelamento da compra de sua produção até a suspensão contratual, dependendo da situação”, esclarece Antunes. O especialista destaca que a importância dessas ações vai além do atendimento legal, é um compromisso com a sustentabilidade do negócio, portanto é preciso considerar as questões ambientais, condições trabalhistas dignas e boas práticas de produção. “É algo conjunto, uma ação leva à outra e, assim, mantemos um ciclo sustentável. O agro brasileiro precisa pensar nisso, para manter a confiança e o respeito do mercado global, não se pode andar na contramão da sustentabilidade”, ressalta o assessor. |
A seriedade das iniciativas adotadas pela Agropalma levou à conquista de certificações como o RSPO – Roundtable on Sustainable Palm Oil, que possui princípios, critérios e indicadores que garantem o comprometimento da empresa nas dimensões ambientais, sociais, econômicas e melhoria contínua. “A adoção de práticas sustentáveis no negócio da palma assegura a manutenção das nossas certificações, o que nos garante competitividade de mercado e agrega valor ao nosso produto. Além das questões comerciais e econômicas, existe o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, por meio da preservação das florestas, rios e biodiversidade”, conclui Antunes.
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