Pimentas mexicanas – Cultivo atrai produtores

Pimentas mexicanas – Cultivo atrai produtores

A crescente demanda do mercado, estimado em R$ 80 milhões ao
ano, tem impulsionado o aumento da área cultivada e o estabelecimento de
agroindústrias, tornando o agronegócio de pimentas (doces e picantes) um dos
mais importantes do País. Além do mercado interno, parte da produção brasileira
de pimentas é exportada em diferentes formas, como páprica, pasta, desidratada
e conservas ornamentais (Embrapa, 2007).

Atualmente, as diversas variedades de pimenta dominam o
comércio de especiarias picantes. As principais pimentas mexicanas são
Jalapeño, Caiena, Chilli, Habanero e Poblano, porém, o destino é variado, mas
podem ser consumidas in natura ou em
conservas, molhos, secas ou em pó.

No Brasil, a área anual cultivada é de aproximadamente 2.000
ha, sendo os Estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Ceará e Rio Grande do
Sul os principais produtores. A produtividade média depende do material que se
está cultivando, mas, pode variar de 10 a 30 t/ha.

Manejo

Atualmente, se utiliza a recomendação de adubação indicada
para o pimentão, ambos do gênero Capsicum.
As pimenteiras não toleram baixas temperaturas, então devem ser cultivadas em
meses do ano com temperatura alta (em média 21-30°C), e para a região sudeste o
cultivo ocorre na primavera e verão.

 Existem vários
métodos para cultivá-las, porém, depende do material utilizado, já que algumas
cultivares podem não ter alto valor comercial, inviabilizando o investimento em
uma alta tecnologia.

Atualmente, o cultivo é realizado em solo, em campo aberto,
mas alguns produtores utilizam a pimenteira por até dois anos, então
encontraram uma maneira de aumentar a qualidade fitossanitária da planta, sendo
então cultivada em estufa.

Mercado

O mercado para as pimentas é dividido em dois grandes
grupos: o consumo in natura,
geralmente em pequenas porções, e as formas processadas, que incluem molhos,
conservas, flocos desidratados e pó como ingrediente de alimentos processados
(Embrapa, 2007).

Pode-se dizer que este mercado ainda está em expansão no
Brasil, pois é influenciado de acordo com o hábito alimentar. Mas, está havendo
uma exploração de novos tipos de pimentas e o desenvolvimento de novos produtos
para o mercado, com grande valor agregado, por exemplo, as conservas
ornamentais e geleias especiais.

Alguns produtores relatam que levam o ciclo da pimenteira em
até dois anos, sendo a partir do segundo ano a visualização inicial do retorno
econômico. Porém, muitas vezes, quando processadas ocorre uma supervalorização
do produto, podendo obter lucro de até 100% no custo produção da pimenta, a
exemplo das conservas.

No caso do custo, varia de acordo com material e o a
tecnologia utilizada, porém, em cultivo menos tecnificado pode chegar a uma
média de R$ 20 mil a R$ 25 mil/ha, sendo a mão de obra o item mais caro de toda
a cadeia produtiva da cultura.

O aumento no cultivo se deve ao maior consumo, inclusive de
molhos, e muitas vezes a realização de blends,
para atingir determinado sabor e ardência, que faz com que ocorra uma procura
maior por determinadas variedades.

Fonte: https://revistacampoenegocios.com.br