Novidades em máquinas, implementos, insumos, pecuária e demais produtos agropecuários, além de soluções e difusão de conhecimento para o campo integram a vitrine tecnológica da Tecnoshow Comigo 2023. Neste ano, 650 empresas e instituições de diferentes segmentos já estão confirmadas para a feira, que será realizada de 27 a 31 de março, no Centro Tecnológico COMIGO, em Rio Verde (GO).
A expectativa da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (COMIGO) – organizadora do evento – é que mais de 130 mil pessoas visitem a feira em busca de informação, tecnologia, inovação e negócios voltados para o campo. O volume de negócios deve superar 10 bilhões.
Em uma área de 65 hectares, esses expositores vão levar inovações ao produtor e demais públicos, possibilitando aos visitantes a oportunidade de realização de negócios e a participação em uma extensa programação nos cinco dias de evento.
De 2002, quando o evento teve início e contou com a participação de 50 expositores, para a edição deste ano, o número de empresas e entidades presentes na feira aumentou 1.200%. “Ao longo de seus 20 anos, a Tecnoshow Comigo cresceu ano após ano com uma organização impecável da COMIGO (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano). Planejamento e determinação foram palavras que andaram juntas o tempo todo”, enfatiza a coordenadora de comercialização da feira, Mariluce Siqueira.
“Em 2023, estamos com excelentes expectativas, com expositores tradicionais que apresentarão suas novidades e também com novos, para incrementar ainda mais o evento. Desejamos que os números sejam superados. Sempre com este pensamento positivo de que o agro não para”, destaca.
O presidente da COMIGO, Antonio Chavaglia, comemora a realização da edição especial da Tecnoshow Comigo, que celebra 20 anos, em 2023, destacando que a feira teve e tem grande relevância na história do desenvolvimento do agro brasileiro. “Ao trazer o que há de mais moderno para a produção rural, os principais assuntos que permeiam o setor e disponibilizar isso ao alcance do produtor, a Tecnoshow cumpre papel de protagonista no fortalecimento do segmento, que é a mola propulsora da economia do País”, salienta.
“Em todos estes anos, tivemos um crescimento exponencial na participação de público, expositores e nos números de comercialização durante a feira. São investimentos dos nossos produtores que proporcionam os incrementos fantásticos em produção e produtividade no campo”, destaca o presidente da Cooperativa.
Importância comercial
Além de ser espaço para ampliar conhecimento e proporcionar inovações em tecnologias, a Tecnoshow Comigo evoluiu fortemente na área comercial, o que pode ser confirmado pelo aumento na quantidade de expositores e também em volume de negócios – na última edição, a feira registrou R$ 10,6 bilhões em comercialização. O foco é atender às demandas do setor, levando o que há de novo no mercado para ampliar produção e produtividade no campo.
Mariluce diz que os expositores se surpreenderam positivamente com o crescimento do evento ao longo dos anos. “Nossa feira combina muito bem o lado institucional e informativo, com os negócios, a cada ano, ela cresce e os números provam isso. A visibilidade e o potencial de negócios despertam o interesse de empresas dos mais variados setores do agronegócio, que sempre nos procuram querendo fazer parte da feira”, comenta.
Difusão de tecnologia
Com a proposta de auxiliar o produtor rural, a COMIGO iniciou, em 2002, o trabalho de geração e difusão de tecnologias agropecuárias, em Rio Verde, numa área que hoje ultrapassa 170 hectares (área total do CTC). Neste local, a cooperativa promove experiências tecnológicas o ano todo, em parceria com diversas instituições de pesquisa, de ensino e outras empresas, e realiza a Tecnoshow. A diversidade é uma marca registrada do evento. São máquinas e equipamentos agropecuários, plots agrícolas, animais das mais variadas espécies, palestras técnicas e econômicas, ações socioambientais e dinâmicas de pecuária, entre outros produtos e serviços. Trata-se de uma extensa vitrine de tecnologias para o homem do campo, seja pequeno, médio ou grande produtor.
Entre várias palestras, o tema manejo fisiológico e nutricional da soja é alternativa segura para alta produtividade em campo será discutido pelo ex-professor e pesquisador da Esalq/USP, Dr. Antonio Luiz Fancelli.
De acordo com ele, durante a apresentação serão expostos, demonstrados e discutidos a importância do conhecimento do processo produtivo e da capacidade de elaborar diagnósticos em tempo real (ajustes de percurso), assim como do manejo dos fatores básicos de produção e de suas interações, de forma a se evitar ou minimizar condições de estresse, contribuindo, desta maneira, para a melhoria do desempenho e da produtividade vegetal. “Este conceito de manejo possibilita o aproveitamento efetivo dos fatores de produção e considera suas respectivas interações, bem como propicia a manifestação do potencial produtivo da espécie considerada”.
Em relação aos avanços nessa área nos últimos anos, ele destaca a participação de alguns nutrientes, como o Magnésio e o Selênio, na redução do estresse foto-oxidativo; o papel de biorreguladores na mudança do porte e da arquitetura da planta; estratégias para a produção de enzimas destruidoras de radicais livres; uso de nitrogênio foliar no enchimento de grãos; a participação dos microrganismos do solo no aumento da disponibilidade de nutrientes e na defesa de plantas; o uso de filtros solares na redução da temperatura da folha; entre outros.
Sucessão familiar
Pesquisa da KPMG e IBGC revela que 54% dos entrevistados acreditam que o plano de sucessão é o maior desafio para os negócios no agro. Tema será discutido na Tecnoshow Comigo por meio da experiência da família Nishimura, responsável pela criação da Jacto.
O assunto será discutido por Alessandra Nishimura e Fábio Nishimura que vão falar
que as estatísticas mostram que apenas um pequeno percentual de famílias empresárias consegue ter continuidade após a terceira geração.
O maior desafio da sucessão familiar é acertar o lado emocional dos relacionamentos. “Muitas vezes usa-se apenas a razão: ‘tudo o que construí foi para vocês’. Mas nem sempre perguntam à próxima geração se eles tinham interesse no que foi construído. Esse tipo de comunicação tem de ser muito bem feito para que haja equilíbrio nas emoções”, pondera Fábio Nishimura.