Silvia Graciele Hülse de Souza
silvia.hulse@gmail.com
Franciely S. Ponce
francielyponce@gmail.com
Thiago Alberto Ortiz
thiago.ortiz@prof.unipar.br
Engenheiros agrônomos, doutores em Agronomia e professores – UNIPAR (campus Umuarama-PR)
Os extremos climáticos desencadeados pelo fenômeno El Niño têm representado desafios significativos para os produtores rurais em todo o país, com padrões de precipitação irregular aumentando as dificuldades no plantio e no manejo das culturas agrícolas.
Na região sul, onde se observaram intensas e frequentes chuvas durante os meses de outubro e novembro, os efeitos foram devastadores: erosão do solo, lixiviação de nutrientes, inundações em áreas de baixada e redução no estande de plantas.
Por outro lado, em outras regiões do país, a escassez e a irregularidade das chuvas, combinadas com temperaturas elevadas, resultaram em atrasos no plantio, mortalidade de plantas, abortamento de flores e quedas das vagens, redução no porte das plantas e adiantamento no ciclo de cultivo.
Exemplos desse fenômeno podem ser observado na figura 1. Em ambos os cenários, foi necessário realizar replantios em extensas áreas, enquanto a perda de potencial produtivo foi identificada como uma preocupação constante.
Figura 1. Exemplos de danos causados pelas alterações climáticas em campos de soja.
Fonte: CONAB
Ameaça
As condições meteorológicas extremas e as mudanças sazonais representam uma ameaça direta aos meios de subsistência e ao bem-estar dos agricultores de diversas formas. As alterações climáticas estão estreitamente ligadas à agricultura, uma vez que influenciam os padrões climáticos e as temperaturas.
O aquecimento global está ocorrendo a uma velocidade sem precedentes, tendo um impacto direto na produção agrícola e nas comunidades agrícolas. As últimas duas décadas testemunharam os anos mais quentes desde 1800. As temperaturas aumentaram, em média, 1,1ºC acima dos níveis pré-industriais, devido às emissões globais.
As mudanças climáticas têm gerado preocupações significativas na agricultura global, com secas e estresse hídrico provocando perdas substanciais em várias regiões. No Brasil, líder mundial na produção de soja e terceiro maior produtor de milho, a situação é particularmente alarmante, com estimativas apontando perdas bilionárias devido a secas severas nas últimas safras.
Perdas severas
No Brasil, o maior produtor mundial de soja e terceiro maior produtor de milho, a situação é preocupante, com perdas estimadas em 30 bilhões de euros devido a secas severas nas últimas safras.
O agronegócio brasileiro teve um ano positivo em 2023, com recorde na safra de milho e expansão do PIB do setor em 14,8%. No entanto, as perspectivas para 2024 são desafiadoras, prevendo-se uma redução de 2,8% na safra.
As secas severas afetaram significativamente a produção de soja e milho, resultando em menor produtividade e expectativas de baixo rendimento dessas culturas.
De acordo com o último levantamento da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), a produtividade estimada da soja registrou uma nova redução, caindo para 3.314 kg/ha, o que representa uma diminuição de 5,5% em relação à última safra.
A produção esperada também sofreu uma queda, chegando a 149.403,7 mil toneladas, o que equivale a uma redução de 3,8% em comparação com o levantamento anterior e 3,4% inferior à safra recorde de 2022/23 (Figura 2).
O estado do Mato Grosso do Sul foi um dos mais afetados, com a ausência de chuvas consistentes resultando em uma redução significativa da produtividade nas lavouras de soja.
Embora as chuvas ocorridas em dezembro e no início de janeiro tenham contribuído para a recuperação parcial do potencial produtivo da cultura, elas não foram suficientes para elevar a produção a um nível próximo ao da safra anterior.
Além disso, devido ao atraso na semeadura ou replantio, algumas lavouras estão em estágios variados de desenvolvimento, desde a floração até o ponto de colheita, indicando que os trabalhos de colheita se estenderão além de abril.
Figura 2. Cenário da estimativa de produção de soja para a safra 2023/24
Fonte: CONAB
O caso do milho
Quanto ao milho, a produção total está estimada em 117,6 milhões de toneladas, uma redução de 10,9% em relação ao ciclo anterior, devido a uma menor área plantada e expectativas de rendimentos mais baixas.
A primeira safra do cereal representou 20,7% da produção, enfrentou desafios como precipitações elevadas no Sul e baixas pluviosidades, acompanhadas de altas temperaturas no Centro-Oeste.
O boletim da CONAB destaca que, para a segunda safra do milho, as decisões dos produtores dependerão de fatores climáticos, disponibilidade de janelas para o plantio e preços de mercado, além da análise de custos.
Inovações
Várias tecnologias e práticas agrícolas inovadoras estão sendo adotadas para mitigar os impactos das mudanças climáticas na produção agrícola brasileira. Isso inclui o uso de sistemas de irrigação mais eficientes, como gotejamento e pivô central, que ajudam a conservar água e garantir uma distribuição adequada para as culturas.
Além disso, técnicas de agricultura de precisão, como o uso de drones e sensores remotos, permitem monitorar as condições das plantações e aplicar insumos de forma mais precisa, reduzindo o desperdício e aumentando a produtividade.
Outras práticas incluem a rotação de culturas, o plantio direto e o uso de culturas de cobertura, que ajudam a melhorar a saúde do solo, reduzir a erosão e aumentar a resiliência das plantações aos eventos climáticos extremos.
Além das perdas econômicas, as mudanças climáticas têm afetado os agricultores brasileiros em termos de desafios operacionais e estratégias de manejo. Secas prolongadas, enchentes repentinas e eventos climáticos extremos tornam a produção agrícola mais imprevisível e aumentam os riscos para os agricultores.
Isso exige uma revisão constante das práticas de manejo, investimentos em infraestrutura de irrigação e drenagem, além de planos de contingência para lidar com eventos climáticos adversos, como o plantio de culturas mais resistentes à seca ou ao excesso de chuvas.
Iniciativas
Algumas iniciativas governamentais e setoriais estão sendo propostas para lidar com os efeitos adversos das mudanças climáticas no agronegócio brasileiro. Isso inclui programas de incentivo à adoção de práticas sustentáveis, como o Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), que promove a redução das emissões de gases de efeito estufa e o aumento da resiliência das propriedades rurais.
Além disso, políticas de crédito agrícola estão sendo revisadas para incentivar investimentos em tecnologias e práticas mais sustentáveis, e programas de seguro agrícola estão sendo expandidos para proteger os agricultores contra perdas decorrentes de eventos climáticos extremos.
Os produtores estão se adaptando e ajustando suas práticas agrícolas para enfrentar os desafios específicos trazidos pelas mudanças climáticas. Isso inclui a diversificação de culturas, o investimento em sistemas de irrigação mais eficientes, o uso de sementes e cultivares adaptadas ao clima local e o manejo integrado de pragas e doenças.
Além disso, os agricultores estão buscando parcerias com instituições de pesquisa e cooperativas agrícolas para obter acesso a informações e tecnologias que possam ajudá-los a melhorar a resiliência de suas operações frente às mudanças climáticas.
O futuro
As perspectivas para o agronegócio brasileiro em meio às mudanças climáticas são desafiadoras, mas também oferecem oportunidades para inovação e crescimento sustentável.
Para fortalecer a resiliência do setor, são necessárias ações coordenadas em várias frentes, incluindo investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias agrícolas adaptadas ao clima, fortalecimento da infraestrutura rural, capacitação dos agricultores em práticas sustentáveis e implementação de políticas públicas que promovam a adaptação e mitigação dos impactos das mudanças climáticas no agronegócio brasileiro.
Impacto do El Niño: Soja sofre perdas irreversíveis
A colheita da soja avança e consolida o cenário de quebra da safra brasileira de forma irreversível, em razão do El Niño de forte intensidade. Com o clima irregular ao longo do plantio e durante o desenvolvimento das lavouras nas diferentes regiões – com falta de chuvas e altas temperaturas no norte, nordeste e centro-oeste e excesso de chuvas no sul do país – a safra apresenta quebra que já supera 15,3 milhões de toneladas em todos os estados.
Diferente da temporada 2015/16, quando o fenômeno El Nino também foi de alta intensidade, nessa temporada os estragos foram maiores, principalmente devido à maior precocidade das lavouras.
Uma das consequências foi o replantio recorde de 2,9 milhões de hectares, sem contar as áreas abandonadas para dar lugar ao algodão. “O replantio acaba gerando prejuízo não apenas à safra de soja, pois incorre em novos custos e parte de um potencial produtivo menor, como também à segunda safra de milho, pois compromete a janela ideal para a semeadura”, explica o coordenador da expedição, André Debastiani.
Números reais
A Agroconsult, organizadora do Rally da Safra, aponta para uma safra 2023/24 de 153,8 milhões de toneladas – 3,7% inferior à temporada passada, com uma produtividade média de 56,1 sacas por hectare (60 na safra 2022/23).
A área plantada cresceu 2,9% para 45,7 milhões de hectares. Com levantamentos quinzenais de safra, a consultoria começou a revisar seus números em outubro e desde então alterou suas estimativas a cada levantamento, em função da piora do quadro climático.
“Essa safra tinha potencial para ultrapassar 169 milhões de toneladas diante do aumento de área, do bom nível tecnológico utilizado no campo e provável cenário de recuperação do Rio Grande do Sul que, na temporada anterior, deixou de produzir 8 milhões de toneladas”, diz Debastiani.
No mês de janeiro, as equipes técnicas do Rally da Safra 2024 iniciam, em campo, a avaliação das condições das áreas plantadas, com patrocínio do Santander, OCP Brasil, BASF, Credenz, Soytech, Biotrop, Serasa Experian e JDT Seguros. As áreas visitadas respondem por 97% da área de produção de soja e 72% da área de milho.
Os trabalhos começaram no dia 12 de janeiro, com os técnicos percorrendo o oeste do Mato Grosso e a região da BR 163, em áreas de soja precoce. O baixo volume de chuvas, aliado às altas temperaturas em outubro e dezembro do ano passado, acarretou perdas de estande e abortamento de vagens, afetando seriamente as lavouras mais precoces.
O clima favoreceu também a incidência de pragas. O replantio no estado é recorde e ultrapassa 1 milhão de hectares (8,5% da área).
Áreas afetadas
“As lavouras que estão sendo colhidas agora são as piores e as mais afetadas pela seca. As áreas com variedades de ciclo médio e tardio, apesar de também terem sofrido, apresentam melhores condições, pois receberam chuvas após a segunda quinzena de dezembro. O receio agora recai sobre o possível excesso de chuvas durante a colheita nas próximas semanas”, diz Debastiani.
O estado tem uma produtividade média pré-rally, estimada pela Agroconsult em 52,5 sacas por hectare (contra 63,8 sacas por hectare na safra passada).
O sudoeste de Goiás traz um cenário muito semelhante ao do estado do Mato Grosso, com atraso significativo na regularização das chuvas e altas temperaturas. O início da colheita na região confirma resultados abaixo da expectativa dos produtores. A estimativa pré-rally é de 56 sacas por hectares (65,5 sacas por hectare na temporada 2022/23).
A Bahia surpreende, com um quadro crítico e o maior percentual de replantio: 15% da área – algumas lavouras foram replantadas três vezes. O clima irregular, com altas temperaturas em novembro e dezembro, prejudicou as lavouras, com as chuvas normalizando apenas em janeiro.
No estado, a produtividade média pré-rally é projetada em 58,5 sacas por hectare (67 na temporada passada).
No Maranhão, Piauí e Tocantins, o retorno das chuvas em janeiro favoreceu o bom desenvolvimento das lavouras, mas, em função do calendário de plantio mais tardio, ainda necessita de chuvas para garantir produtividade estimada em 54,8 sacas por hectare nos três estados juntos (61,2 na safra anterior).
No Mato Grosso do Sul, agora é a vez da região norte apresentar quebras, diferente do que aconteceu na safra 2021/22, quando o sul do estado puxou a produtividade média para baixo. A produtividade estimada é de 59 sacas por hectare (64 na safra passada).
Em Minas Gerais, a queda na produção, por enquanto, é menor devido ao plantio mais tardio. A estimativa pré-rally é de 59 sacas por hectare (65,3 sacas em 2022/23).
Surpresa
Técnicos do Rally avaliaram também, no mês de janeiro, o oeste do Paraná. Ao contrário de outros estados, o estado registrou o melhor início de safra da história, com chuvas nas regiões oeste e norte que permitiram um bom avanço do plantio e desenvolvimento inicial das lavouras.
No sudeste e sudoeste já há queda de potencial pelo excesso de chuvas, baixa luminosidade e alta presença de doenças. A produtividade pré-rally é estimada em 60 sacas por hectare (contra 66 na safra passada).
Ritmo desacelera
No Rio Grande do Sul, o ritmo de semeadura ficou abaixo da média, em função do excesso de chuvas e solo encharcado. Algumas regiões semearam com muita umidade no solo, ocasionando irregularidade no estande.
Com as chuvas acima da média nos meses de novembro e dezembro, as lavouras se desenvolvem de forma satisfatória até o momento, embora com porte mais baixo e menor enraizamento.
Atenção à região sul do estado, que pode passar por um período de veranico e merece atenção. A projeção é de 55,5 sacas por hectare (contra 36,9 no ciclo passado).
Identificação e monitoramento
“O trabalho de campo do Rally, visitando cada uma das regiões de produção de soja do Brasil, torna-se fundamental para mensurar os impactos da irregularidade climática na safra de soja. Isso só é possível por meio da coleta de amostras e medição de população de plantas, número de grãos por planta, peso dos grãos e condições fitossanitárias das lavouras. E esse trabalho segue até o final de março com toda a nossa equipe”, diz o coordenador da expedição.
Em campo
Roteiro das três primeiras equipes do Rally:
. No Paraná, a equipe 1 deixou Maringá e percorreu lavouras nas regiões de Campo Mourão, Goioerê, Palotina, Toledo e Cascavel, chegando em Foz do Iguaçu.
. Já na região da BR 163, os técnicos da equipe 2 deixaram Cuiabá sentido Nova Mutum, visitando áreas em Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop.
. No Oeste do Mato Grosso, a equipe 3 avaliou a soja nas regiões de Campo Novo do Parecis, Sapezal e Campos de Júlio.
. As próximas equipes foram ao Sudeste do Mato Grosso, Norte do Mato Grosso do Sul e Sudoeste de Goiás no final de janeiro.
. As equipes técnicas irão percorrer mais de 80 mil km por 12 estados (MT, GO, MG, MS, PR, SC, SP, RS, MA, PI, TO e BA) para avaliar as condições das áreas de soja durante as fases de desenvolvimento das lavouras e de colheita até 24 de março.
. Outras seis equipes avaliarão as lavouras de milho segunda safra em maio e junho.
. Entre os meses de abril e maio, técnicos da Agroconsult e das empresas e marcas patrocinadoras visitarão produtores rurais nas regiões da BR-163, no Mato Grosso, no Sudoeste de Goiás, no Planalto do Rio Grande do Sul e Oeste do Paraná.
. No mesmo período serão realizados eventos técnicos em Não-Me-Toque (RS), Cascavel (PR), Rio Verde (GO) e Luís Eduardo Magalhães (BA).
. Nesta edição, o Rally estará presente ainda nos principais eventos do agronegócio: Show Rural, em Cascavel (PR); ExpoDireto, em Não-Me-Toque (RS); Show Safra, em Lucas do Rio Verde (MT), e Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO).
O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição poderão ser acompanhados pelo http://bit.ly/RallyRedesSociais
Desequilíbrios climáticos: reflexos de mercado
Francisco Hulisses Dias
Mestre em Finanças pela Universidade de Sorbonne e Analista CNPI
hulisses@hotmail.com
Os desequilíbrios climáticos afetam negativamente o desenvolvimento das plantas, gerando quebras de safra, alteração dos padrões sazonais de plantio e colheita, e volatilidade nos preços aos consumidores.
As perdas bilionárias estimadas, cerca de 30 bilhões de euros no Brasil, refletem a diminuição da produção de importantes commodities agrícolas, devido a condições climáticas adversas. Isso afeta negativamente a receita dos agricultores e, por extensão, o setor como um todo.
No entanto, é bom destacar que, mesmo diante todos estes desafios, o agronegócio brasileiro vem tendo papel de destaque na exportação de alimentos, geração de renda e crescimento do PIB, graças a sistemas tecnológicos e processos de produção cada vez mais robustos.
Culturas sensíveis ao clima, como grãos e frutas, são particularmente afetadas. Além disso, a pecuária também enfrenta desafios, pois as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade de pastagens e recursos hídricos, fazendo com que os animais tenham menor ganho de peso e problemas de saúde.
Estratégias financeiras
A solução passa pela diversificação de culturas para reduzir o risco associado a uma única cultura, investimentos em tecnologias resistentes ao clima, adoção de práticas agrícolas sustentáveis e busca por fontes alternativas de financiamento, como linhas de crédito específicas para enfrentar desafios climáticos.
Em 2024, o uso de inteligência artificial (IA) deverá ganhar tração, permitindo otimização de processos, análise de dados e redução de custos.
O seguro agrícola é outro instrumento na mitigação dos riscos de perdas decorrentes do clima. Ao assumir parte do prêmio de seguro, o governo reduz o custo de sua aquisição, proporcionando maior segurança financeira aos produtores.
Também existe o chamado seguro paramétrico, que utiliza parâmetros climáticos, como temperatura, chuvas e outros indicadores, como base para determinar os pagamentos de indenização.
Se as condições climáticas atingirem determinados níveis pré-estabelecidos que indicam riscos significativos para a produção agrícola, os agricultores recebem compensações automaticamente, independentemente das perdas individuais.
Outra forma que os produtores podem se proteger das oscilações de preço é através de contratos futuros e opções. Esses instrumentos financeiros permitem que os agricultores fixem preços de venda antecipadamente, ou comprem opções que lhes dão o direito, mas não a obrigação, de vender a preços acordados, trazendo maior previsibilidade para a operação.
Redução da vulnerabilidade do agro
Práticas de sustentabilidade, conectividade e uso da inteligência artificial, a médio e longo prazo, podem contribuir para a resiliência do setor, reduzindo a vulnerabilidade às mudanças climáticas e, consequentemente, minimizar as perdas financeiras.
No entanto, a implementação dessas soluções muitas vezes requer investimentos iniciais, o que pode representar um desafio financeiro para alguns produtores. A colaboração entre setor público e privado é fundamental para acelerar a adoção de práticas sustentáveis e assegurar que o agro brasileiro continue sendo destaque mundialmente.