A poda do tomateiro é realizada com o objetivo de limitar o
crescimento da planta, controlando o desenvolvimento vegetativo com a floração
e frutificação, permitindo que os fotoassimilados sejam distribuídos de forma
mais efetiva para os frutos. Esta é uma técnica realizada apenas em tomateiros
com o tipo de crescimento indeterminado, consistindo na remoção dos brotos
terminais da haste da planta, cessando seu crescimento vertical.
Quando
fazer
A melhor época para realizar a poda dependerá da altura máxima
que se deseja conduzir o tomateiro. Em ambiente protegido, para se explorar
melhor a potencialidade de produção do tomateiro e diluir os efeitos do custo
fixo com a estrutura, geralmente realiza-se a poda da planta em alturas maiores
quando comparada à produção em campo, em torno de 2,20 m.
Como
fazer
O instrumento utilizado para realizar a poda geralmente é
uma tesoura de poda ou um canivete, que deve estar devidamente sanitizado. Após
realizada a poda de uma planta deve-se ter o cuidado de sanitizar o instrumento
novamente, evitando assim a disseminação de patógenos causadores de doença,
principalmente vírus.
A sanitização dos instrumentos de poda pode ser feita com a
utilização de uma solução de hipoclorito de sódio, por exemplo, utilizando uma
mistura de água potável com água sanitária (2,5 % de cloro ativo) na proporção
de 3:1. O instrumento deve ser mergulhado nesta solução após a poda de cada
planta.
Vantagens
Se, por um lado, a poda pode reduzir a produção do número de
frutos por planta, por outro ela permite a produção de frutos maiores e com
melhor padrão comercial. Associado ao adensamento de plantas em cultivos
protegidos de tomateiro, o menor número de frutos por planta é compensado pelo
maior número de plantas, sendo, portanto, altamente vantajoso associar a poda
das plantas, que permite maior produção de frutos comerciais, com o
adensamento, que permite maior produção em termos de número de frutos totais.
Outra vantagem do uso da poda diz respeito ao manejo da
cultura, que é facilitado por reduzir o ciclo da planta, com redução no uso de
agrotóxicos e maior eficiência e segurança na aplicação destes, além de maior
aeração entre as plantas, facilitando, portanto, os tratos culturais.
Erros
Os erros mais frequentes associados à poda do tomateiro em
estufa estão relacionados à determinação inadequada da época para realização da
mesma, o que incorre em redução da produtividade quando antecipada e de
uniformidade e qualidade dos frutos quando muito retardada.
Outra fonte de erro nesse processo é a utilização de
equipamentos não sanitizados adequadamente, os quais podem carregar inóculos de
patógenos e, no momento da poda, transmiti-los às plantas, infectando-as.
A maneira mais eficaz de minimizar os erros, não somente
nessa etapa, mas em todo o ciclo da cultura, é o acompanhamento da lavoura por
um engenheiro agrônomo, o qual é apto a capacitar e treinar a equipe de
trabalho quanto à época e metodologia adequadas para realização da poda.
Alternativa
A retirada das folhas baixeiras é outra alternativa que pode
ser adotada pelo produtor para garantir melhor aeração do cultivo, que em
última análise resultará em maior eficiência na aplicação de defensivos, assim
como no manejo de pragas e doenças que venham acometer a cultura.
A desfolha deve ser realizada abaixo dos cachos colhidos, de
baixo para cima.