A Agoro Carbon Alliance, negócio global da Yara International, líder mundial em nutrição de plantas, está ampliando sua atuação para estimular produtores rurais na adoção de ações positivas para descarbonizar a cadeia de alimentos. O projeto permite que os produtores, além de aumentar a rentabilidade devido à implantação de práticas sustentáveis, também possam potencialmente receber pelos créditos de carbono que serão obtidos através da captura e armazenamento de carbono no solo e que serão vendidos no mercado internacional. A iniciativa passa a contar com parceria do Santander, que vai apoiar os produtores rurais que necessitam de soluções financeiras para a adoção de práticas regenerativas no campo.
A partir deste mês, o produtor que aderir ao projeto da Agoro Carbon e precisar de recursos financeiros será direcionado ao time especializado em agronegócio do Santander. O Banco possui uma oferta completa para negócios sustentáveis, com recursos próprios ou a partir do Renovagro (antigo Programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono) e linhas do BNDES, por exemplo, concedidos a uma taxa competitiva frente às usuais de mercado.
Além de promover o desenvolvimento de sistemas agrícolas mais sustentáveis, a manutenção do carbono no solo é considerada uma das formas mais eficientes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa da atmosfera. “Os produtores rurais brasileiros estão na vanguarda quando falamos em sequestro de carbono. Eles têm uma oportunidade única para reverter os efeitos das mudanças climáticas e receberem por isso, por meio de mensuração de créditos de carbono gerados em sua propriedade. Facilitar o financiamento a insumos, equipamentos e maquinários agrícolas via crédito acessível é fundamental para inseri-los no mercado de carbono”, diz Evelin Krebsky, head da Agoro Carbon Alliance no Brasil.
Para o Banco Santander, as transformações pautadas na implantação de práticas agropecuárias sustentáveis têm um potencial único na cadeia do agronegócio, pois unem o aumento a rentabilidade do produtor rural com a descarbonização da cadeia, onde a produção primária sustentável é um catalisador na transição do setor para uma economia de baixo carbono. “Temos um portfólio completo de soluções financeiras para atender todas as necessidades dos produtores rurais, inclusive para viabilizar a implantação de práticas sustentáveis, que têm o potencial de aumentar a rentabilidade e, principalmente, a resiliência para o futuro”, destaca Carlos Aguiar Neto, diretor de Agronegócios do Banco Santander.
Agoro Carbon Alliance
Fundada em 2021, a Agoro Carbon Alliance é uma empresa da Yara International cujo objetivo é capacitar e incentivar produtores a implementar práticas agrícolas regenerativas para aumentar o sequestro de carbono em seus solos, tanto em áreas de pastagem quanto em agricultura. Ao promover a redução das emissões de gases de efeito estufa e a remoção de carbono atmosférico, a iniciativa auxilia na melhoria das condições gerais do solo, de maneira sustentável, e leva mais prosperidade ao agricultor.
No Brasil, a Agoro Carbon está presente em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, e expandindo para regiões adjacentes. As áreas que fazem parte do projeto são monitoradas por um time interno e verificadas pela certificadora global Verra, até que o crédito de carbono seja certificado para comercialização. O principal foco do programa é o produtor e ele recebe todo suporte técnico e expertise agronômica para a implementação de ações sustentáveis que ajudam a armazenar carbono no solo.
Mercado de crédito de carbono
Idealizado como uma das formas para conter o avanço das mudanças climáticas, o conceito de Crédito de Carbono surgiu em 1997, resultante do Protocolo de Kyoto, um dos principais acordos mundiais relacionados à diminuição da emissão de gases do efeito estufa na atmosfera. O mercado, contudo, passou a funcionar a partir de 2005.
Créditos de carbono são títulos com valor monetário atrelados a uma certa quantidade de Gases de Efeito Estufa (GEE) não emitida (redução) ou removida (remoção) para/da atmosfera, podendo ser comercializados no Mercado de Carbono. O mercado global atua de forma regulada (com regras pré-estabelecidas) ou voluntária (com redução a partir de iniciativas próprias).