O nome Camellia Sinensis tem ganhado fama cada dia mais no Brasil e você provavelmente nem deve saber o que exatamente é, certo? Pois bem, a Camellia é o “verdadeiro chá”, também conhecido como chá-da-índia.
Uma planta nativa de regiões subtropicais, mas especificamente, é originária do Sudeste asiático. Seu primeiro registro escrito sobre o uso do chá foi no século III a.C, e o primeiro tratado técnico sobre a planta foi no século VIII na China.
Após o início do século IX, a cultura do chá chegou até o Japão por monges budistas que importaram a planta da China. Acredita-se também, que o primeiro contato com os europeus foi através dos portugueses no século XVI.
O cultivo no Brasil foi iniciado no século XIX, e atualmente, o Vale do Paraíba, região do estado de SP, é o maior produtor da planta com sua produção voltada para exportação.
Características da planta
A árvore pode medir até 15 metros de altura, mas por conta das podas constantes, ela é mantida com no máximo 1,5 metros, o que normalmente não floresce. Suas flores são escuras, oblongas e lustrosas, com nervuras destacadas na superfície.
As flores aparecem sozinhas ou no máximo em pares, sendo pequenas e brancas, enquanto seus frutos são na maioria das vezes pequenos e arredondados, possuindo entre 1 e 3 sementes, que são usadas na produção de óleo.
Por que ela se tornou tão popular?
A Camellia Sinensis é um nome científico, sendo conhecida por outros nomes, como por exemplo: chá branco, chá-da-índia, chá preto, chá verde ou até mesmo chá do Oolong. Afinal, todos esses chás são derivados da Camellia.
A planta é consumida de modo frequente por pessoas que buscam emagrecer, pois possui substâncias que agem a favor desta busca.
O chá verde, por exemplo, é um derivado da Camellia Sinensis e contém uma série de propriedades necessárias para a saúde. Dentre tantas está a antioxidante, anti-inflamatória, hipoglicemiante, energizante e anti-tumoral.
Além disso, a lista para os efeitos benéficos inclui:
- Adstringente;
- Analgésico;
- Antiasmática;
- Antibacteriana;
- Digestiva;
- Diurética;
- Estimulante.
Suas principais funções
Alguns derivados da Camellia Sinensis servem não somente para o emagrecimento, como citado acima, mas para problemas relacionados à saúde. O por que? A planta possui antioxidantes, catequinas e polifenóis, sendo considerado como composto alimentício funcional.
Além disso, ele pode ser útil contra a artrite, reumatismo e até colesterol, ajudando ainda no tratamento capilar e da pele. Sem contar, que é muito bom para o auxílio na digestão, dilatação dos brônquios e alívio para a gripe.
Tipos de chás obtidos pela Camellia Sinensis
Todos os chás desenvolvidos a partir da planta Camellia possuem quase as mesmas substâncias, mas em concentrações opostas devido ao processo de preparo.
Produção do chá
A produção do chá pode ser feita através de dois métodos: o ortodoxo e o CTC. Os dois seguem cinco etapas parecidas, a única diferença é que o ortodoxo é feito manualmente, enquanto a CTC é feita em máquinas.
Efeitos positivos e negativos + contraindicações
Mesmo sendo um produto natural, pessoas que possuem dificuldade para dormir devem evitar o consumo do chá verde ou outros compostos da Camellia, já que a planta pode causar insônia e agitação.
Outro problema que pode ser causado e prejudicial através do chá é a absorção do ferro e da Vitamina C no organismo, o que pode ocasionar o surgimento de uma anemia.
Além disso, o consumo da planta deve ser evitado por mulheres grávidas ou crianças, pois há indícios fortes de que o chá verde pode ser um abortivo. Além de pessoas com problemas estomacais, cardíacos ou renais e que até possuem hipertireoidismo.
Impactos ambientais e soluções
Mesmo a planta sendo cultivada de modo natural, seu cultivo pode ocasionar alguns riscos, principalmente, em produções em larga escala que pouco se preocupam com os riscos ambientais.
Pode ocorrer perda de habitats, efeitos sobre a biodiversidade, efeito de erosão, poluição da água e do solo pelo uso de agrotóxicos e desmatamento.
Contudo, é possível cultivar de modo orgânico, sem a utilização de agrotóxicos, evitando a erosão e não afetando a saúde do solo e água.