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Glaucio da Cruz Genuncio
Doutor em Nutrição de Plantas/UFRRJ
glauciogenuncio@gmail.com
Everaldo Zonta
Doutor em Fertilidade do Solo/UFRRJ
Elisamara Caldeira do Nascimento
Doutoranda do CPGA-CS/UFRRJ
O termo estufa designa uma estrutura de proteção às plantas sem o controle ambiental, em que prevalecerão as variáveis locais de acordo com a época do ano, com possÃveis acréscimos de temperatura ao ambiente externo, em condições de altas temperaturas regionais.
Já o termo casa de vegetação corresponde a estrutura de cultivo protegido com condições ambientais controladas (temperatura, umidade, irradiância, ventos internos).
De modo geral, as casas de vegetação são utilizadas para cultivos de maior valor agregado, como a floricultura e a produção de frutos como morango e tomate. Para o cultivo de hortaliças folhosas, as estufas são mais utilizadas. Vale ressaltar que, para este grupo, algumas tecnologias são incorporadas ao sistema, tais como o uso de telas de sombreamento e nebulização.
Opções
Em relação aos tipos de estufa, tem-se a predominância da estufa tipo arco, que pode ser toda em ferro galvanizado e/ou com pintura eletrostática ou mista (ferro na parte aérea e esteios em madeira).
As estufas tipo arco (que é um nome genérico) podem ser subdivididas em circular, ogival e elipse, sendo que este grupo apresenta uma melhor distribuição da radiação solar quando comparado aos demais grupos, assim como apresenta uma melhor aplicação e durabilidade do plástico, e alta resistência ao vento.
Um segundo grupo são as estufas tipo capela ou duas águas, que podem ter angulações diferenciadas entre o esteio e a parte aérea, cuja variação é de 15 a 35º. Tais variações associadas ao posicionamento do sol (hemisférios norte e sul) em relação à Rosa dos Ventos vão conferir às estufas uma maior ou menor irradiância, assim como o posicionamento fixo ou móvel de sombras no interior da estufa (incluem-se aqui também as estufas tipo arco e dente de serra).
Assim, o terceiro grupo, que é o dente de serra, um tipo de estufa que estruturalmente detém uma abertura zenital, facilita a circulação do ar quente. E, por fim, tem-se a estufa tipo londrina, que é utilizada principalmente na região sul do Brasil para a produção de uvas.
Este tipo de estrutura possui o teto praticamente reto, e é recomendado para regiões ou épocas de pouca chuva. Sua construção é simples, utiliza esteios e arames, sendo o teto formado de malha dupla de arame que sustenta o plástico. A cobertura pode apresentar inclinação mÃnima ou leves ondulações para facilitar o escoamento das águas das chuvas.
Atualmente, este modelo vem sendo adotado na região nordeste para a produção em hidroponia, com a aplicação somente de telas de sombreamento.
Instalação
As estufas tipo arco, capela e dente de serra podem ser implantadas de forma individualizada, ou geminadas. Um dado importante é que a geminação não deve passar de cinco estufas por bloco, devido à alteração de variáveis no centro da estufa, como o decréscimo de CO2 em função da possível redução da circulação de ar e, consequentemente, do CO2 que é utilizado para o processo fotossintético.
Critérios na escolha
Características climáticas, tais como altitude em relação ao nível do mar, chuva, vento e temperaturas na época mais quente; presença de pragas e doenças sistêmicas ou endêmicas (com a possível recomendação de telas laterais específicas, como as telas antiafÃdeas); cultura a ser implantada, pois caso o produtor queira utilizar a própria estrutura para o tutoramento de plantas como tomate, pepino, pimentão, a estrutura deverá ser dimensionada para suportar cargas acima de 20 kg/m2, significando a necessidade da aquisição de estruturas mais reforçadas.
Alternativas
Para cada tecnologia implantada existe um acréscimo, tanto em investimento como em custo operacional, a saber: aplicação de plásticos com aditivos que atendam as características inerentes ao projeto, tais como difusor de luz, assim como o plástico Suncover Av Blue; uso de telas termoreflectivas e/ou que selecionam comprimento de onda (luz), como a Chromatinet Leno; aplicação de nebulização em regiões que não apresentem excesso de umidade, uma vez que a eficiência deste sistema é muito reduzida em ambientes com excesso de umidade relativa do ar; ventilação forçada, como o uso combinado de ventiladores e exaustores, e sistema de resfriamento evaporativo, como o sistema “Pad and fan“.
Estruturalmente, é fundamental que o produtor situado em regiões quentes possua um projeto que preconize o pé direito acima de 3,20 m e abertura zenital.
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