O sal de cozinha está na mira de médicos e nutricionistas e é o vilão de portadores da hipertensão arterial sistêmica, uma doença silenciosa que, devido aos danos causados em veias e artérias, pode levar a um infarto ou até mesmo um acidente vascular cerebral (AVC). No entanto, uma planta descoberta por pesquisadores da Epagri de Itajaí pode colocar um ponto final a esse dilema. A planta Sarcocornia perennis, originária do litoral catarinense, será a matéria prima para o primeiro sal de origem vegetal do Brasil.
A Sarcocornia produz sal cristalizado com três vezes menos cloreto de sódio do que o sal de cozinha. A grande vantagem é que além do sódio ela tem em sua composição outros sais que também dão sabor ao alimento e não causam mal à saúde. Assim, o poder de salga da Sarcocornia não deixa a desejar quando comparado ao sal de cozinha comum.
A planta foi considerada uma fonte vegetal de boa qualidade nutricional para consumo humano, por conter quantidades consideráveis de nutrientes e compostos antioxidantes naturais. Além disso, o sal verde tem propriedades fitoterápicas que agregam valor funcional à refeição, devido aos: fitoesteróis que ajudam na produção hormonal e no controle do colesterol; flavonoides que aumentam o colágeno do corpo; e fenóis que combatem os radicais livres.
O sal verde ainda não está sendo comercializado em larga escala, podendo ser comprado apenas com alguns pequenos produtores rurais. Contudo, possui grandes perspectivas futuras na área da nutrição humana, resultando em melhor qualidade de vida da população, especialmente os hipertensos.
Por Rafaela Carminatti (Nutricionista Funcional) – Fonte Página 3