Crédito de carbono: Brasil deve liderar mercado de US$ 50 bilhões

Crédito de carbono: Brasil deve liderar mercado de US$ 50 bilhões

O mercado de créditos de carbono está em plena expansão e o Brasil possui um papel estratégico, com potencial para capturar 15% do carbono global através de fontes renováveis, segundo o estudo. De acordo com Felipe Vasconcellos, sócio da Agricarbon, “O Brasil tem uma oportunidade única de liderar o mercado de carbono, não apenas pelo seu vasto potencial natural, mas também pelas recentes iniciativas voltadas para a sustentabilidade, como diversas fontes de energia renovável, por exemplo”.

A B3, a bolsa de valores do Brasil, está à frente desse movimento com o lançamento de uma plataforma para registro de crédito de carbono, trazendo mais controle e segurança para investidores. “Nosso objetivo é ser o coração do fluxo de capital sustentável, oferecendo produtos e transparência para maximizar as oportunidades de descarbonização”, afirma Cesar Sanches, superintendente de Sustentabilidade da B3. Esse esforço é fundamental para estabelecer um mercado regulado, atualmente inexistente no Brasil, mas já operante de forma voluntária, com empresas como a Agricarbon liderando a compensação de emissões.

Apesar do mercado voluntário ainda dominar, a expectativa é que o Brasil integre o grupo dos 36 mercados de carbono regulados no mundo, que hoje cobre 17% das emissões globais de Gases do Efeito Estufa (GEE). Vasconcellos destaca a importância da integridade e transparência dos projetos: “A integridade dos créditos é essencial para atrair investimentos significativos e garantir que os benefícios sejam distribuídos de maneira justa e mensurável”. Com a provável aprovação do Projeto de Lei 2.148/2015, o Brasil poderá regularizar esse mercado e atrair ainda mais investimentos. “O mercado de carbono representa um dos principais pilares para um futuro sustentável no Brasil. Com nosso vasto potencial natural e a implementação de regulamentações apropriadas, estamos posicionados para assumir a liderança global nesse setor”.

O timing para essa transformação é ideal, já que o Brasil preside o G20 e deve sediar a COP30 em 2025. “Temos uma janela de dois anos para desenvolver e fazer entregas significativas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas”. Com uma agenda ESG robusta e parcerias estratégicas, a B3 e empresas como Agricarbon, estão prontas para posicionar o Brasil como uma potência verde, promovendo um futuro sustentável e economicamente próspero.

Fonte: https://revistacampoenegocios.com.br