Edvar de Sousa da Silva
Doutor em Agronomia ” Horticultura e professor do Instituto Federal do Acre
edvardasilva@gmail.com
No período seco aumenta a incidência de oÃdio em estufas, pois a umidade do ar seco é favorável, principalmente nas culturas de tomate, pepino e pimentão. A doença ocasiona lesões cobertas por um crescimento esbranquiçado, que ocorre tanto na face inferior como superior das folhas. Com o tempo, as áreas afetadas tornam-se amareladas e, em seguida, necrosadas.
Os danos causados pelo oÃdio levam à diminuição da capacidade fotossintética, e consequentemente ocasionam perdas na produtividade, principalmente se a doença incidir antes do florescimento das plantas.
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Danos
Os prejuízos podem variar de acordo com as condições do ambiente protegido (estufas agrícolas). É importante ressaltar que dentro do ambiente protegido o microclima é diferente do ambiente externo. A vantagem é que este microclima no ambiente protegido pode ser manejado de forma controlada, porém, quando a doença se inicia, pode proliferar rapidamente se a condição for favorável.
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Condições favoráveis para a doença
Entre os fatores que favorecem a incidência do oÃdio estão:
ðAltas temperaturas;
ðBaixa umidade relativa do ar;
ðBaixa luminosidade no ambiente protegido.
Controle
Melão, melancia, pepino, abóboras, tomateiro, alface, ervilha, repolho, couve-flor, couve chinesa, brócolis, quiabeiro, pimentão e pimentas podem ser atingidas pelo oÃdio. Entre as medidas de controle, estão:
Preventivamente:
üUtilização de variedades resistentes;
üEliminação de hospedeiros silvestres;
üNebulização ou irrigação por aspersão para molhar um pouco a folha, porém, não umedecer muito para não favorecer outras doenças;
üAplicação preventiva de bicarbonato de sódio ou de potássio em mistura com óleo mineral.
Curativamente:
Aplicação alternada de fungicidas de contato e sistêmicos. Os principais fungicidas utilizados para o controle do oÃdio são compostos à base de enxofre, benomyl, chorothalonil, dinocap, maneb, prochoraz, triadimefon e zineb, porém, é preciso que o produtor consulte a assistência técnica para utilizar somente produtos registrados para a cultura e recomendados de acordo com a necessidade.
Utilização de variedades resistentes:
Adquirir no mercado sementes e/ou mudas comercializadas por empresas idôneas. Sempre consultar a assistência técnica, para que seja utilizado o melhor e mais adequado material para a região.
Alerta constante
O oÃdio é uma doença bastante comum em hortaliças, e nos últimos anos vem chamando a atenção dos produtores pelo fato de ter ganhado importância devido ao aumento do cultivo de hortaliças sob ambiente protegido e em campo (PINTO et al., 2014).
A doença oÃdio é causada por espécies de dois gêneros fúngicos: Oidium e Oidiopsis (REIS, 2013). Ambos ocorrem em todo o País, porém, o primeiro é muito mais comum, pois envolve um grande número de espécies. Ambos ocorrem mais nas regiões e/ou estação do ano quente e seca.
Reis também relata que o fato pouco comum de existirem duas espécies fúngicas causando sintomatologias distintas chamadas de oÃdio leva à reflexão sobre a necessidade de nomeá-las de forma diferente.
Nesta situação, a proposta é chamarmos de oÃdio adaxial quando se trata do oÃdio (doença), causado por espécies do gênero Oidium (fungo) e oÃdio abaxial, quando se tratar do oÃdio causado por Oidiopsishaplophylli (PINTO et al., 2014).
Essa matéria você encontra na edição de agosto 2016 Â da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.