No mês em que se comemora o Dia Nacional do Cerrado, em 11 de setembro, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado destaca seu comprometimento com a conservação deste importante bioma. A Federação é uma das 12 empresas que desempenham um papel crucialno apoio às iniciativas do Consórcio das Águas (CCA), criado em 2015, em Patrocínio (MG). O CCA tem como objetivo unir esforços para a implementação de estratégias que assegurem a provisão de serviços ecossistêmicos, visando a construção de um sistema produtivo capaz de enfrentar as mudanças climáticas.
O projeto “Investidores pelo Futuro” é mais uma iniciativa do Consórcio Cerrado das Águas, e tem o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado. Este projeto tem como objetivo envolver de forma colaborativa a sociedade em ações de conscientização e práticas voltadas para a preservação do bioma Cerrado na Região do Cerrado Mineiro.
Os investimentos podem ser feitos de duas maneiras: financeiramente ou por meio de bens e serviços. A adesão à iniciativa é simples e pode ser realizada pelo site do CCA. Nessa plataforma, pessoas ou empresas tem a liberdade de escolher como desejam contribuir para garantir a disponibilidade de recursos naturais no futuro. Isso inclui apoiar a agricultura sustentável para mitigar as mudanças climáticas, promover a restauração da vegetação nativa do Cerrado para proteger espécies ameaçadas de extinção, neutralizar a pegada de carbono e fortalecer a segurança alimentar, além de garantir a disponibilidade de água.
Segundo Fabiane Sebaio, secretária executiva do Consórcio das Águas, o CCA, que atua de forma colaborativa desde 2019, envolvendo diversos setores, como empresas, governo e sociedade civil, enxerga nessa iniciativa uma ampliação de sua missão original de unir esforços para a preservação e conservação ambiental, visando a combater as mudanças climáticas.
“A iniciativa surge diante dos avanços das alterações climáticas e a oferta irregular de água que, consequentemente, impactam a produção agrícola e todos nós. Dados da ONU (2021) mostram que 31% das emissões de gases de efeito estufa provêm dos sistemas agroalimentares. No entanto, é na agricultura que encontramos a proteção do clima e o alcance da meta de deter o aquecimento global em 1,5°C. Por isso, o CCA apoia agricultores no desenvolvimento de estratégias de Agricultura Climaticamente Inteligente para proteger o Cerrado, garantir a disponibilidade de água e combater a crise climática. Logo, investir no futuro é ter a consciência, hoje, de que a capacidade de transformar a atual realidade está em nossas atitudes. Todo mundo pode fazer alguma coisa”, esclarece Fabiane Sebaio.
“A plataforma Consórcio Cerrado das Águas é a principal estratégia na Região do Cerrado Mineiro para construirmos paisagens produtivas e sustentáveis e mitigarmos as mudanças climáticas nas propriedades e produzir água em nossa Região, trabalhando estrategicamente em bacias hidrográficas e buscando formar um corredor ecológico. Somos membros fundadores e temos muito orgulho desta iniciativa em nossa região que atua em intercooperação entre os stakeholders da cadeia”, destaca Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
Para investir ou saber mais sobre o projeto, basta acessar o site https://www.cerradodasaguas.org.br/investidordofuturo.
Contribuindo com os avanços do CCA
Como plataforma colaborativa, o Consórcio conta com o apoio de 12 empresas da cafeicultura que subsidiam suas estratégias e dão suporte para as iniciativas avançarem. Essas empresas associadas são Nescafé, Expocaccer, Nespresso, Lavazza, Cooxupé, CofCo, Volcafé, Stockler, Daterra, Federação dos Cafeicultores do Cerrado, CerVivo e Starbucks. Além disso, a plataforma possui os parceiros-chaves como a Prefeitura de Municipal de Serra do Salitre e a Prefeitura Municipal de Coromandel. Por meio do esforço conjunto, o CCA coleciona números que mostram que é possível construir paisagens produtivas sustentáveis, impactando positivamente o Cerrado. São 500 hectares implementados de Agricultura Climaticamente Inteligente; 48 mil árvores plantadas; 130 hectares de planos de adaptação climática em 2022; 150 hectares de área em processo de restauração e um potencial de sequestro de carbono estimado em 367.334 toneladas.