A produção de leite está crescendo cada vez mais no Brasil. As fazendas de gado leiteiro têm aumentado de forma significativa nos últimos anos. Muitos empresários do ramo agropecuário estão investindo nessa produção, porém, é importante ressaltar os cuidados que devem ser tomados com os parasitas bovinos.
O gado leiteiro precisa de cuidados específicos para uma produção de quantidade e, principalmente, de qualidade.
A alimentação do gado, por exemplo, deve ser observada sempre criteriosamente quando o assunto é produção de leite. Fornecer uma área de capim com qualidade aos animais nem sempre sai caro para os pecuaristas, uma vez que no Brasil o clima é favorável para a produção de um bom pasto.
Cabe aos produtores cultivar um local de propriedades, adubando quando necessário e utilizando o pastejo rotacionado (não deixar o gado pastar sempre no mesmo lugar). Além disso, é necessário fornecer sal mineral ao gado. Tenha em mente: para que ele produza com qualidade, precisa se alimentar bem.
O fornecimento de água limpa e de sombra também é algo que deve ser observado pelos pecuaristas de vacas leiteiras. Para se obter um leite de qualidade, é preciso dar ao animal uma vida de qualidade.
Troque periodicamente a água dos reservatórios, lembrando que a mesma deve estar na sombra para o líquido não aquecer. Cultive árvores e construa abrigos para que os bovinos possam descansar à sombra.
O controle de parasitas no gado leiteiro também deve ser observado. Na verdade, isso é um dever do proprietário de qualquer tipo de animal.
Para os bovinos, esse controle é feito por meio de medicação própria comprada em agropecuárias. Os três parasitas externos que mais acometem os rebanhos são o carrapato, o berne e a mosca de chifre. Vamos conhecer um pouco mais sobre cada um deles? Continue a leitura e confira!
Carrapato
O carrapato é o parasita que traz mais danos ao animal afetando de forma direta e forte. Ele tem duas fases: a parasitária que dura 21 dias e é quando está grudado ao animal; e a via livre que é quando ele cai no pasto e produz os ovos durante oito meses.
Apesar de o carrapato ser o pior tipo de parasita bovino, o tratamento que existe é o mais eficaz. É feito por meio de inseticidas durante a fase parasitária.
Berne
O berne demora mais para disseminar e pode ser tratado localmente. Após a picada da mosca, surge no animal um nódulo subcutâneo. O berne é mais comum em regiões arborizadas com temperaturas elevadas durante grande parte do dia e mais frias à noite.
O tratamento é feito com medicação específica. Para prevenir a proliferação do parasita, é preciso combater a mosca, ou seja, manter os pastos, o curral e o local onde o animal bebe água sempre limpos.
Mosca de chifre
No âmbito mundial, os problemas com a mosca de chifre e os danos que ela acarreta no gado são antigos e datam de 1830. Já no Brasil, esses parasitas apareceram no final da década de 1970.
O ciclo da mosca de chifre é similar aos das moscas comuns. Ela se reproduz consideravelmente em condições climáticas amenas, porém em períodos de grandes chuvas a infestação aumenta. As picadas da mosca são dolorosas e acabam gerando grande irritação no animal parasitado, levando-o a desencadear um caso grave de estresse.
Agora que falamos sobre os principais parasitas bovinos, você deve estar se perguntando: quais os danos que eles trazem ao meu rebanho? Por que é tão importante preveni-los?
O parasita, como o próprio nome já diz, se gruda aos animais e se alimenta do sangue alheio para sobreviver. Os danos que podem ser causados pelo carrapato, berne e/ou mosca de chifre no rebanho são graves e extensos. Um dos primeiros sintomas é a fraqueza e a perda considerável de peso. Você vai perceber que o bovino está se alimentando, porém não está engordando.
Em seguida vem a anemia, uma vez que o sangue do animal está comprometido pelo parasita. A queda na produção leiteira torna-se aparente. Em muitos casos, quando o proprietário não investiga a causa dos primeiros sintomas (anemia e perda de peso), o animal pode ficar bastante comprometido.
Por isso, reforçamos: é muito importante observar os animais do seu rebanho. É preciso estar atento para quaisquer mudanças que venham a acontecer e que saiam da carreira natural. Quanto mais cedo o parasita for diagnosticado, menos o animal sofrerá e mais fácil será o tratamento.
Maneiras de reduzir os parasitas
Atualmente, existem muitas formas de reduzir os parasitas bovinos. As principais maneiras são a vedação temporária das pastagens, o controle biológico, a utilização de besouros coprófagos e o uso de antiparasitários nos animais.
A higiene das instalações pecuárias é primordial. É preciso recolher os restos de alimentos e os dejetos de animais diariamente. Nesses casos, a compostagem pode ser uma alternativa. Drenar a água da chuva também é essencial para diminuir o risco da mosca de chifre, lembrando que ela se reproduz mais em locais úmidos e com presença de água.
Monitorar os animais periodicamente também é um meio de prevenção. Acompanhe os bovinos, conheça-os. Só assim você perceberá se há algo errado ou incomum. O berne, quando inflamado, por exemplo, é perceptível a olho nu, então, você reconhecerá precocemente o parasita por meio do comportamento do animal.
Por isso, é muito importante a presença de um gestor de fazenda para monitorar de perto a saúde do gado evitando doenças nos bovinos e, consequentemente, a diminuição da produção leiteira.
Prevenir os parasitas ainda é o melhor remédio. Um gado doente, além de não produzir uma grande quantidade de leite, fornecerá um líquido de baixa qualidade. Garanta o melhor para os bovinos e, como consequência, para o leite que você comercializará e assim terá uma fazenda lucrativa. Basta seguir as dicas deste post!
Fazer a silagem de forma correta é um dos meios de ter certeza de um bom rendimento futuro na produção de leite. Quer saber mais sobre o assunto? Então confira também o nosso post com 7 dicas para fazer a silagem na indústria leiteira!