Polos florestais são alternativa para reduzir pressão

Polos florestais são alternativa para reduzir pressão

Estima-se que mais de 20 mil campos de futebol são desmatados em um ano na mata atlântica, o que resulta em 9,6 milhões de toneladas de CO2 lançadas na atmosfera, aumentando o efeito estufa. Como alternativa, os Polos Florestais surgem como uma alternativa para diminuir este desmatamento através das florestas plantadas.

As plantações têm o solo, localização e clima previamente estudados para garantirem o melhor desenvolvimento das espécies. Em Minas Gerais, estado que concentra a maior cobertura de florestas plantadas do país, está o Polo Florestal de Mogno Africano, espécie que produz madeira nobre de alta comercialização e valor agregado, além de retornos financeiro e ambiental importantes. A madeira nativa do Mogno Africano é reconhecida mundialmente como nobre, sendo a principal substituta do mogno brasileiro (Swietenia macrophylla), espécie ameaçada de extinção.

O projeto é administrado pelo Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), fundado em 2006, responsável por um modelo de negócio único no Brasil. Uma solução de investimento atrelada a sustentabilidade que permite democratizar o acesso a ao mercado florestal, possibilitando que pessoas sem terra, conhecimento técnico ou estrutura para o plantio e a gestão florestal possam se beneficiar desse modelo de negócio.
 

O município de Pompéu, região central de Minas Gerais, já tem mais de 16% de sua extensão coberta por florestas plantadas, correspondendo a mais de 40 mil hectares. Administradas pelo IBF, as florestas são uma oportunidade de investimento.
 

Todas as operações são garantidas em contrato: a compra e venda da terra, assim como todo o trabalho florestal – desde a correção do solo, a produção das mudas, plantação e manutenções até a colheita e venda da madeira. “A parte de mapeamento, delimitação de lotes, condicionamento, plantio, produção das mudas, gerenciamento e manutenções até o final do contrato de prestação de serviço, é responsabilidade do IBF”, explica Gilberto Capeloto, gerente comercial do instituto.
 

A facilidade, atrelada à tecnologia, oferece a possibilidade de acompanhar o desenvolvimento da floresta, por meio dos relatórios em um aplicativo exclusivo. O resultado vai muito além do retorno de R$1,5 milhão por hectare. Com as plantações, a exploração de florestas nativas diminui.

Com menos exploração, as florestas plantadas mantêm a conservação do solo, além de proteger os recursos hídricos e reduzirem o efeito estufa, já que favorecem a retenção de gás carbônico.

Mogno Africano – a espécie O Mogno Africano é uma espécie de árvore pertencente à família Meliaceae, produz madeira nobre de alto valor econômico e é amplamente utilizado nas indústrias moveleira, naval, construção civil, laminados, ornamentação de luxo, entre outras. No Brasil, existem três espécies conhecidas de Mogno Africano: Khaya anthoteca, Khaya grandifoliola e Khaya senegalensis. A espécie K. grandifoliola é a mais plantada no país, com mais de 40 mil hectares estimados. Foi difundido no país nas décadas de 80 e 90, inicialmente, em áreas de reposição florestal e plantios experimentais promovidos pela Embrapa em diversas regiões do Brasil.

Fonte: https://revistacampoenegocios.com.br