Para muitas famílias, as hortas domésticas são tradição e certamente nunca perderam a importância. Para outras, entretanto, elas acabaram perdendo espaço a partir da evolução econômica da sociedade. A razão para isso passa pelos movimentos de migração para a área urbana, somada ao maior número de pessoas trabalhando fora de casa e à ampliação da oferta de alimentos industrializados, que acabaram se tornando uma opção tentadora para aqueles que dispõem de pouco tempo livre.
Mas, como a sociedade está em constante mudança e revendo conceitos, as hortas domésticas parecem estar retomando sua importância. A afirmação é possível na medida em que tem crescido a conscientização da população sobre os benefícios de se ter um espaço destinado ao cultivo de plantas em casa. Por isso, perguntamos: você já parou para refletir sobre sua rotina e alimentação? Não? Então, nós vamos mostrar a você porque ter uma horta doméstica pode ser uma boa ideia.
As hortas como fonte de qualidade de vida
Além de facilitarem o acesso da população a alimentos, as hortas domésticas confirmam sua importância na medida em que apontam na direção do desejo de consumir produtos de maior qualidade e procedência garantida. Aliás, é crescente a preocupação da população em adotar hábitos saudáveis e ter qualidade de vida, principalmente como forma de viver mais e melhor.
Com uma horta em casa, as pessoas têm a possibilidade melhorar a alimentação, recuperar a satisfação de produzir seus próprios alimentos, além de terem uma atividade física e de lazer. Aliás, vale destacar, a instalação e manutenção de hortas domésticas são democráticas, podendo abranger todos os membros da família e, assim, propiciar uma ocupação física saudável para todas as idades.
Os impactos da nossa alimentação sobre o planeta
A importância das hortas não se dá apenas pelos benefícios
em nível pessoal ou familiar, mas também em nível de humanidade, uma vez que
nossos atos refletem sobre a sociedade como um todo. Nesse sentido, mudanças na
alimentação têm sido apontadas como uma das medidas mais significativas para
diminuir os impactos da ação humana sobre a Terra. Mas, você sabe por quê?
É que a criação de bovinos, em particular, é apontada como
responsável pelo aumento dos gases-estufa na atmosfera, agravando o problema do
aquecimento global. Além disso, a prática está relacionada à expansão
agropastoril sobre florestas, uma vez que parte considerável dos grãos produzidos
pelo homem vira ração e não alimento humano.
Por mais produtos de origem vegetal no prato
Visando à redução dos impactos sobre o meio ambiente, a recomendação trazida por diferentes estudos divulgados pela imprensa aponta na direção de privilegiar uma dieta baseada em produtos de origem vegetal. Exemplo disso é o estudo da revista médica The Lancet e da ONG Fundação EAT, que foi divulgado pela imprensa nacional neste mês e defende a divisão do consumo de carne por dois assim como a duplicação de frutas, legumes e oleaginosas na alimentação.
De acordo com informações do site
Correio Braziliense, que divulgou o estudo, os cientistas recomendaram consumir diariamente 300 gramas de verduras,
200 gramas de frutas, 200 gramas de cereais integrais (arroz, trigo, milho),
250 gramas de leite integral (ou equivalente) e apenas 14 gramas de carne
vermelha, ou seja, dez vezes menos que um bife.
Para a obtenção de resultados satisfatórios ao planeta, entretanto, seria necessária uma mudança radicalmente nos hábitos alimentares da maioria da população. Assim, para fazer a sua parte, que tal começar justamente pela busca de uma maior presença dos vegetais à sua mesa? Monte sua horta e contribua para si e o planeta.
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