Muitos iniciantes no cultivo de orquídeas já ouviram esta recomendação, que encontra-se intimamente associada ao mito de que orquídeas não gostam de água. Por temerem regar as orquídeas em excesso, aqueles que estão iniciando são induzidos a adotarem métodos populares, como o de regar suas orquídeas com dois copinhos de café ou regar orquídea com gelo usando duas pedras de gelo por semana.
Onde surgiu o método de regar orquídea com gelo?
O método de regar orquídeas com gelo é popular nos EUA, onde grandes quantidades de orquídeas híbridas, principalmente do gênero Phalaenopsis, são vendidas em lojas de departamento, sob a marca ‘just add ice’, que significa ‘basta acrescentar gelo’, em uma tradução livre.
Mas…funciona?
Embora seja uma prática que tenha como objetivo facilitar o cultivo e evitar excessos, o hábito de adicionar gelo é de pouca eficácia para regar orquídeas. O gelo derrete-se lentamente e a água acaba por percorrer o substrato através de canais pré-formados, de modo a escoar sem efetivamente umedecer o material.
O ideal é regar abundantemente, com bastante água corrente, ou por imersão. O substrato precisa ser abundantemente lavado, para se livrar do excesso de sais da adubação. Para os que não dispõem de uma mangueira, vale levar os vasos para a pia, tanque ou banheira. Após o excesso de água escoar bem, pode-se retornar os vasos ao local de cultivo, sem o pratinho embaixo, para não acumular umidade em torno das raízes. A nova rega só será necessária quando o substrato estiver seco ao toque.
Quando é recomendado regar orquídea com gelo?
Uma outra finalidade de se adicionar gelo às orquídeas é simular a redução de temperatura, no caso do gênero Cymbidium, que precisa do frio para florescer. Neste caso, para aqueles que moram em locais de clima mais quente, pode ser necessário adicionar pedras de gelo ao substrato ou regá-lo com água gelada, principalmente à noite, para tentar provocar uma queda de temperatura, na transição do verão para o outono. Esta orquídea floresce tipicamente durante os meses de inverno.
Artigo escrito e cedido especialmente por: Sergio Oyama – Blog Orquídeas no Apê