O tomate Gabryelle, lançado em 2014 pela Hazera, tem saÃdo à frente dos concorrentes. Segundo Camila Martin Salinas Rozas, coordenadora de Vendas e Desenvolvimento de Produtos para SP, PR, SC e RS, o Gabryelle se adaptou muito bem ao clima da região oeste paulista e ao manejo dos produtores, porém, já vem sendo comercializado com sucesso em outros Estados. “Isso se deve ao fato de o Gabryelle ter resistência às principais viroses do tomate e à sua grande capacidade de se adaptar a diferentes condições de clima, solo e manejo“, explica.
A região oeste paulista tem uma área em torno 3.520 ha de tomate industrial, da qual uma parte é destinada à mesa. Os produtores adotam média tecnologia, os plantios de tomates rasteiros são em campo aberto, podendo ser tutorados com meia estaca, os tratos culturais são mecanizados, a irrigação é por gotejo ou pivô e os produtores são de porte médio a alto.
Para estas condições, o tomate Gabryelle assegura boa produtividade, sendo comum em ótimas condições de clima atingir produtividades de 350 a 400 caixas/1.000 plantas, padronização de frutos e excelente resistência às principais viroses da região, como o vira-cabeça e o geminivírus, além de baixo Ãndice de fundo preto nos períodos crÃticos de calor. “É um tomate rasteiro com qualidade de estaqueado. A produção do Gabryelle, inclusive, já está sendo destinada à comercialização em bandejas, na região de Sabino“,pontua a coordenadora de vendas da Hazera.
Plantio
O plantio do Gabryelle deve acontecer, principalmente, durante os meses de janeiro e fevereirona região de Sabino. “Na próxima safra, nossa expectativa é de aumentar a participação no mercado em 20%, agregando produtividade, qualidade de fruto, com segurança em relação ao controle de viroses para os produtores e com um sistema de baixo custo, proporcionado pelo tomate determinado“, pontua a coordenadora de vendas da Hazera.
Eventos
Na safra passada foi realizado um Dia de Campo em Sabino (SP), na propriedade do produto DivanirPossani, em parceria com a revenda Plant Bem, de Lins (SP), e exposição do Gabryelle na estufada revendaProteto de Tupã. Nessa região, o tomate rasteiro na estufa apresentouuma ótimaprodutividade de 07 a 08 kg/planta, além de resistência a nematoidese às viroses.
Na cidade de Monte Alto, o produtor Benedito Marcussi sofreu com uma grande quantidade de chuvas e altas temperaturas e testou o Gabryelle nessas condições pela primeira vez e assegurou que o material tem um grande potencial, pela resistência às viroses e ao fundo preto, comparada com a variedade concorrente.
Nivaldo Agostinho, proprietário da revenda Proteto de Tupã, começou a trabalhar com aHazera em 2016, quando realizou a parceria no projeto PAI (Produção Agrícola Inteligente) em seu centro de treinamento. “O projeto visa minimizar o uso de agroquímicos e oferecer treinamentos gratuitos aos produtores. Demonstramos no projeto as novas tecnologias que tiveram ótimo desempenho, especialmente este tomate- o Gabryelle, da Hazera. A produção aconteceu em julho de 2016 e foi colhida no mês de novembro.DistribuÃmos sementes e mudas para toda a região há mais de 20 anos“, detalha Nivaldo.
Ele conta que o trabalho com a cultivar Gabryelle é novo e muito bom. “Nossa região planta pouco tomate rasteiro, mas é uma cultivar boa, que tem mostrado bom rendimento e ótimo pegamento de frutos.Por ser de crescimento determinado, seu fruto é de padrão grande e a produção foi muito interessante“, garante.
Diversificação
DivanirPossaniMansano é produtor de tomate, pimentão e pepino no município de Sabino. Ele fazia até três plantios de tomate por ano, mas em 2016 optou por dois (um em fevereiro e outro em abril), devido aos fortes ataques de mosca-branca. “No primeiro plantio usamos duas cultivares, a concorrentee a Gabryelle (duas mil plantas de Gabryelle). Já no segundo plantio usamos só este último (15 mil plantas). Nossa produção média do plantio realizado em fevereiro é de 4,5 mil caixas por alqueire“, orgulha-se, justificando o aumento de plantio deste material devido à alta resistência à mosca-branca já no primeiro plantio.
Ele relata que, quando plantou o Gabryelle em janeiro, as lavouras enfrentaram 20 dias seguidos de chuva, o que o fez pensar que não colheria nada, mas quando as chuvas pararam, a planta começou a reagir e a produzir bastante.
A produção do Gabryelle foi de 200 caixas por mil plantas, ou seja, 15 mil mudas produziram 3.242 caixas, uma produtividade ótima para essa época e as condições do clima. “O Gabryelle não apodrece como o outro concorrente, e também não deu problemas de manchas“, elogia Divanir.
Para janeiro o produtor diz que vai plantar pimentão e um pouco de tomate, em torno de 10 a 12 mil mudas de Gabryelle, que tem o mesmo custo dos demais materiais, segundo ele.
Essa matéria completa você encontra na edição de janeiro 2017 Â da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.
Â
Â