Existem, com certeza, características gerais que todo filme deve apresentar, como resistência e durabilidade, refletir a radiação ultravioleta, ser transparente à energia luminosa para aquecimento e fotossíntese e opaco à energia de onda longa, isto é, manter a energia armazenada durante o dia para o aquecimento nas horas noturnas e naquelas mais frias.
Se possível, aderir pouco pó e evitar o gotejamento de água evaporada sobre as folhas das plantas. As demais características desejáveis dependem das especificidades da cultura e da disponibilidade de um filme com efeito comprovado sobre dada característica que se deseja suprir.
Opções
Existem, no mercado, várias opções de filmes, que trazem características adicionais. Estas, quando bem manejadas e exploradas, beneficiam os cultivos. Assim, afirma Omar Jadoski, doutor em Agronomia e professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), o mais recomendado é que o produtor busque esta informação, considerando sua necessidade com relação ao cultivo pretendido.
“Neste caso, a busca de informações considerando fontes de credibilidade, como órgãos de pesquisa e assistência técnica, é sempre mais recomendada em relação ao vendedor do produto, exceto que seja empresa de confiança ou cooperativa de assistência técnica“, ensina o profissional.
Investimento
O valor dos filmes disponíveis no mercado é variável de acordo com o material considerado. Em geral, Omar Jadoski pontua que os filmes básicos mais utilizados, polietileno transparente de baixa densidade, translúcido, antiUVA e UVB, com espessura entre 120 e 150 micras, podem ser encontrados com preços variando entre R$ 3,00 e R$ 4,00 por metro quadrado.
Contudo, este valor depende muito da quantidade a ser adquirida, largura e comprimento das bobinas disponíveis no mercado, além da região da compra. Afora isso, quanto mais características especiais o filme apresentar, maior será o seu preço.
Escolha certa
Na escolha, Omar Jadoski recomenda que o produtor fique atento, além do preço de aquisição, às características construtivas, de manejo e segurança da própria estufa onde o filme será instalado.
“De nada adianta fazer um excelente negócio na aquisição do filme se este for instalado de forma inadequada, permitindo folgas e afrouxamento que podem facilitar seu rompimento com golpes de vento, ou pontas que podem perfurar. Outro erro é investir em estruturas muito econômicas, com distância exagerada entre pilares e terças, que exijam resistência exagerada do filme“, alerta o especialista.
Além disso, o manejo cuidadoso por parte do pessoal de campo é fator importante a ser considerado.
Custo-benefÃcio
É primordial que o produtor considere a possibilidade de retorno financeiro em relação ao investimento a ser realizado. Algumas culturas, entretanto, são mais rentáveis do que outras e justificam um maior investimento.
“Como o clima é praticamente o fator mais importante ainda não dominado na agricultura, a plasticultura com uso de cultivo protegido deve ser vista como uma das melhores alternativas para o manejo dos cultivos, pois possibilita um grande avanço no caminho da redução de riscos por incertezas com o clima“, argumenta Omar Jadoski.
Assim, o custo-benefÃcio do investimento em plasticultura deve ser avaliado com a devida coerência, especialmente porque os resultados de produção serão tanto melhores quanto mais adequado for o manejo, tanto da cultura quanto da estrutura do cultivo protegido.
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